Elizangela brilhou na Globo, apoiou Bolsonaro e recusou vacina contra covid
Colaboração para Splash, em São Paulo
03/11/2023 19h47
A atriz Elizangela do Amaral Vergueiro, conhecida pelo primeiro nome, morreu nesta sexta-feira (3), aos 68 anos, após sofrer uma parada cardiorrespiratória.
Elizangela, que morava em Guapimirim, no Rio de Janeiro, chegou a ser socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levada para o Hospital Municipal José Rabello de Mello, mas não resistiu e o óbito foi confirmado.
Com uma carreira longeva, a atriz se destacou em todo o país por papéis marcantes em novelas de sucesso na Globo. Fora das telinhas, a artista também mantinha uma presença marcante por suas posições políticas alinhadas à direita, além de ter endossado movimentos antivacina contra o imunizante da covid-19.
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Em nota, a prefeitura de Guapimirim lamentou a morte de Elizangela e destacou que esta foi a segunda vez que a famosa deu entrada na unidade hospitalar do município. Na primeira vez, ela "deu entrada na unidade com graves problemas respiratórios e, depois de algumas semanas, teve alta".
A atriz foi internada em 2022 com sequelas respiratórias do coronavírus, doença que contraiu. Entretanto, ainda segundo a prefeitura, ela "se mostrou radicalmente conta a vacinação". "Ela não tomou nenhuma dose do imunizante", afirmou a gestão.
Por sua posição antivacina, Elizangela foi cortada pela Globo do elenco de "Travessia" (2022). A atriz chegou a ser convidada pela autora da trama, Gloria Perez, mas foi barrada por sua recusa ao se vacinar contra a covid, condição imposta pela emissora a todos os seus funcionários.
Bolsonarista
Elizangela também era apoiadora declarada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Após o resultado da disputa presidencial em 2022, a artista lamentou a derrota de Bolsonaro, a quem chamou de "melhor presidente".
Em outras publicações, a atriz compartilhou imagens da bandeira do Brasil em preto e branco, como uma forma de luto após a confirmação da eleição de Lula. Em uma delas, a frase "ordem e progresso" foi modificada para "corruptos e impunes", enquanto na outra por "corrupção e safadeza".
Durante a campanha das eleições de 2022, a atriz chegou a ter um post marcado com alerta de fake news no Instagram. Na postagem, ela divulgou um vídeo distorcido com uma fala do então candidato Lula (PT) em entrevista ao Flow Podcast.
Carreira
Elizangela iniciou a carreira de atriz aos 7 anos, na TV Excelsior, fazendo comerciais ao vivo. Com 10 anos, passou a apresentar o programa "Essa Gente Inocente", no mesmo canal.
Em 1966, a atriz mudou para a Globo, canal em que brilhou e se tornou conhecida em todo o país. Na emissora, ela começou como assistente no programa infantil "Capitão Furacão". Sua primeira novela foi "O Cafona" (1971). A primeira protagonista foi em "Bandeira 2" (1971).
A atriz esteve no elenco da primeira versão de "Roque Santeiro" (1975) e retornou na segunda versão, lançada em (1985). Outras novelas incluem "Pedra sobre Pedra (1992), "Por Amor" (1997), "Senhora do Destino" (2004), "Ti-Ti-Ti" (2010), "Salve Jorge" (2012), "A Força do Querer" (2017) e sua última participação em uma trama global foi em "A Dona do Pedaço" (2019).
Elizangela também teve passagens pela Manchete e o SBT, além de ter atuado no cinema.