Conteúdo publicado há 7 meses

'Suzane não teve compaixão': delegada do caso Richthofen está fora de filme

Cintia Tucunduva, delegada que conduziu a investigação do caso Suzane von Richthofen em 2002, analisou "A Menina Que Matou os Pais: a Confissão", lançado pela Amazon Prime Video na sexta-feira (27). Ela não foi retratada entre os personagens que descobriram que a jovem era culpada do assassinato dos pais, Manfred e Marísia von Richthofen.

"Foram pontuados os pontos principais. No primeiro momento, tudo levava a ver que quem cometeu o crime fazia parte da rotina da casa", comentou Cintia em vídeo divulgado nas redes sociais.

Além de acompanhar a confissão de Suzane, a delegada também estava presente quando Daniel e Cristian Cravinhos confirmaram a participação no crime.

Não me recordo de um momento em que a Suzane pede desculpas ou perdão para o irmão. Não lembro momentos relativos à compaixão ou arrependimento.
Cintia Tucunduva

Outros colegas de Cintia, como o perito Ricardo Salada, estão representados no longa. A obra mostra a delegada Heloísa, personagem fictícia, conduzindo a investigação e obtendo a confissão de Suzane.

"Foram 7 dias de investigação resumidos em 1 hora e meia. É natural misturar a personalidades. Mas o filme é um bom retrato do que realizamos.

Por que delegada não aparece no filme?

Em entrevista exclusiva a Splash, Cintia Tucunduva conta não ter sido procurada pela produção do filme para contribuir com detalhes sobre a investigação.

Tucunduva disse não ter entendido o motivo de não ser retratada no filme. "É a leitura dela [Ilana]. Não compreendi bem a razão dessa leitura, porque se a Suzane é Suzane, se o Daniel é Daniel, e se o Cristian é Cristian, eu não entendi por que trocaram o nome. [...] Não tenho como opinar".

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Cintia relatou cena que ficou de fora do filme. "Suzane ficou em minha sala durante certo período na noite da confissão. Eu preparava a prisão temporária. Neste momento, ela olhou e falou: doutora, estou cansada. Posso dormir aqui? Era um sofá preto de repartição. Eu permiti. Ela tirou a jaqueta e fez uma almofada. Eu nunca vi aquilo. Estava totalmente desacreditada que aconteceria algo com ela.

Ao ser questionada pelo motivo de não incluí-la, Ilana Casoy explicou a Splash se tratar de uma "ficção de true crime". "A Cíntia não fez o caso sozinha, ela trabalhou com o Ado, com o Maze, com o Salada... De alguma forma, eu quis homenagear todo mundo, mas, é claro, existe um limite máximo".

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