Gospel, imprensa no vácuo: o Prêmio Multishow que a Globo não mostra
Para celebrar a sua 30ª edição, o Prêmio Multishow reservou suas surpresas e teve a reta final exibida pela primeira vez ao vivo na Globo — o pré ficou no Multishow e Globoplay.
Um dos planos foi adicionar a categoria gospel, com direito a uma apresentação da cantora Aline Barros e do grupo Preto no Branco já na transmissão da emissora, a partir das 23h15.
"A Globo está fazendo de tudo pra conquistar os evangélicos", comentavam alguns presentes na arquibancada.
Se for isso, está no caminho certo, porque quando Aline Barros entrou no palco, a galera que antes dançou funk com Ludmilla levantou as mãos em oração e fechou os olhos.
A artista foi muito aplaudida e ganhou mais tempo no palco que celebridades colo Iza e Lulu Santos.
#PRÊMIO Momento lindo Vem ver Preto no Branco e Aline Barros perfomando no #PrêmioMultishow pic.twitter.com/FVMRT7d0Zl
-- Multishow (@multishow) November 8, 2023
No vácuo e looks
Nos bastidores, tudo igual: artistas fingindo não ver a imprensa chamando para entrevista, como as cantoras Pablo Vittar e Luisa Sonza.
A dona do hit "Chico", inclusive, mal conseguia andar num vestido vermelho longo e apertado, além de usar uma espécie de chapéu na frente do rosto tampando sua visão.
Mas tinha tantas outras parando para falar até com os seguranças, caso da atriz Deborah Secco e a cantora Marina Sena.
"Tô meio Juma Marruá", brincou a artista mineira, que estava de vestido com estampa de onça, referindo-se à famosa personagem da novela global "Pantanal".
Muitos looks — pelo menos os mais comentados — desfilaram no tapete vermelho e não chegaram a aparecer na Globo, que só exibiu um trecho da premiação.
Quem chocou os presentes, telespectadores e redes sociais foi Priscilla, ex-Alcântara. Com penteado, corte Chanel na cor vermelho com a raiz escura, a cantora ainda deixou em evidência as tatuagens espalhadas pelo corpo.
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Em conversa com a imprensa, a artista explicou que a mudança é para seu novo álbum de trabalho, que inclui um feat com o Bonde de Tigrão.
Outra que deu o que falar foi Deborah Secco, que chegou à premiação apenas com toalhas de banho cobrindo os seios e improvisando uma saia.
"Com a correria das gravações, nem deu tempo de eu me arrumar", brincou.
E os vencedores?
A 30º edição do prêmio contou com a estreia de Ludmilla e Tadeu Schmidt na apresentação, ao lado da veterana Tata Werneck. Ao lado de IZA, a criadora do "Numanice" foi um dos principais destaques da noite de premiação.
Veja abaixo a lista dos principais vencedores de cada categoria:
Artista do ano: IZA
Voz do ano: Ludmilla
Hit do ano: "Erro Gostoso", de Simone Mendes.
Melhor álbum do ano: "Xande Canta Caetano", de Xande de Pilares
DJ do ano: Alok
Sertanejo do ano: "Erro Gostoso", de Simone Mendes
Show do ano: "Numanice", de Ludmilla
Pop do ano: "Fé nas Maluca", de IZA e MC Carol
Revelação do ano: Melly
Instrumentista: Pretinho da Serrinha
Rock: 'Distopia', de Planet Hemp e Criolo
Produção Musical: Pretinho da Serrinha
Capa do ano: 'AFRODHIT', de IZA
Brega e Arrocha do ano: "Sinal", de Nadson - o Ferinha e João Gomes
Forró e Piseiro do ano: "Pequena Flor", de João Gomes
Axé e Pagodão do ano: "Zona de Perigo", de Léo Santana
Samba e Pagode do ano: "Muito Romântico", de Xande de Pilares
Hip Hop do Ano: "Penumbra/Djonga feat", de Sarah Guedes e Rapaz do Dread
Cristã do ano: "Deus Cuida de Mim", de Kleber Lucas e Caetano Veloso
Categoria Brasil: "Direitos Autorais", de Isa Buzzi
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