Influencer evangélico acusado de estuprar fiéis é solto após 56 dias preso
A Justiça de São Paulo mandou soltar o influencer evangélico Victor Bonato, 27, após prisão em virtude de denúncia de estupro de três fiéis do movimento Galpão, em Alphaville, na cidade de Barueri (SP).
O que aconteceu?
O Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca Barueri, em São Paulo, concedeu liberdade para o influenciador e líder evangélico após 56 dias de prisão em decorrência de acusações de violência sexual.
Na decisão, a qual Splash teve acesso, o juiz Fabio Calheiros do Nascimento classificou os depoimentos das denunciantes como confusas, já que dizem em alguns trechos que houve relação consensual.
"É evidente que a declaração de uma reforça a da outra, mas há detalhes na declaração de uma que não se harmoniza com a declaração de outra. Há também detalhes da declaração delas que não se mostram consistentes para sustentar um processo judicial, mesmo depois de concluída a investigação", diz a documento.
Assim, Victor Bonato foi solto para responder o processo em liberdade e está proibido de se aproximar das vítimas ou manter contato.
Há muitas dúvidas a serem apuradas, mas nada impede que o sejam durante a tramitação do processo. As outras acusações, com ou sem data definida, estão extremamente frágeis neste momento.
diz a decisão do juiz.
Em contato com Splash, as advogadas Graciele Queiroz e Samara Batista, que defendem Victor Bonato, receberam a decisão com naturalidade e afirmaram que o próximo passo é demonstrar que Victor é inocente.
"Já está claro, até mesmo para a Justiça, a partir de uma análise criteriosa e ampla de todas as conversas entre Victor e as sedizentes vítimas, que as relações eram consensuais e, em muitas das conversas, as próprias mulheres davam inícios aos diálogos com conotações mais íntimas. A verdade será trazida aos autos e Victor será colocado na condição que lhe é de direito, a de inocente", esclareceram as advogadas.
Relembre o caso:
O influenciador evangélico Victor Bonato foi preso no início de outubro após 3 fiéis do movimento Gapão, de Alphaville, em Barueri (SP), o acusarem de estupro.
A medida foi determinada a pedido do Ministério Público e da Polícia Civil de São Paulo, que temiam que Bonato fugisse. De acordo com a Polícia Civil, o influencer foi detido em Cesário Lange, no interior do estado.
A alegação anunciada na mídia será contestada por meio de provas dentro do processo, em conformidade com o ordenamento jurídico, com o objetivo de esclarecer os fatos e estabelecer a verdade como prevalecente, pois nosso objetivo é a defesa dos fatos, não do sensacionalismo causado nas mídias veiculares" disse Samara Batista Santos, advogada de Victor Bonato
"Cometi alguns pecados", disse Bonato. Em vídeo divulgado no Instagram, o influencer tirou do Galpão a responsabilidade por seus atos e informou que passa por um momento de reflexão após a divulgação das denúncias.
Eu quero pedir perdão às meninas com quem eu falhei, que eu defraudei, que eu magoei e com quem eu não tive atitude de homem. Quero pedir perdão à família de cada uma delas. Espero que vocês possam me perdoar. E se vocês não conseguirem, eu também entendo"Victor Bonato, em vídeo no Instagram
Galpão afastou Bonato. Em nota divulgada no Instagram, o movimento informou que acontecimentos protagonizados pelo influencer "ferem diretamente o que o Galpão acredita e segue" e justificaram seu afastamento.
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Quero receberNa rede social, ele soma 142 mil seguidores e posta trechos de suas pregações e aconselha os seguidores. Em uma ocasião, um fiel perguntou se podia beijar uma menina em quem tinha interesse e Victor foi categórico: "Se vocês estão orando, se vocês estão buscando uma direção de Deus, por que precipitar as coisas?"
Em caso de violência, denuncie:
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
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