Show adiado de Taylor Swift tem de fã que pagou mais caro a mãe frustrada
"Hoje a Taylor vem e ai dela inventar algo para cancelar esse show", comentava uma fã da cantora norte-americana enquanto subia as rampas do Engenhão nesta segunda. Esse é o terceiro dia de apresentação da artista no Brasil, data adiada após a morte de uma fã no sábado devido à alta temperatura.
O sentimento entre o público se mistura entre alívio e muita frustração, principalmente para quem precisou ir embora do Rio.
A professora Jane Cristina Santana, 49 anos, veio de Prudentópolis, no Paraná, com a filha Fernanda, 22, após cancelar os ingressos que havia comprado para São Paulo por conta de um imprevisto.
Inicialmente gastou cerca de R$ 8 mil com passagens e hospedagem, além dos passaportes para a área VIP. Com o adiamento do show, desembolsou cerca de R$ 2,5 mil com taxas extras de estadia, mas diz que valeu a pena.
"Pensamos em desistir, porque o psicológico fica abalado, mas não sabemos quando ela voltará" ela justifica.
" O transtorno maior foi achar professores para me substituir, mas valeu a pena, porque não é um simples show, e a Taylor parece uma pessoa super-humana. Ela já tinha pensado em cancelar o show, mas a equipe organizadora parece que não tinha autorizado. Acho que foi mais um despreparo da organização do evento do que da própria equipe dela".
A técnica de enfermagem Gabriela Lacerda, 23, concorda que o adiamento é todo transtorno causado foi responsabilidade da organização, e não da cantora. Moradora do Méier, bairro próximo do Engenhão, porém, diz não ter sido prejudicada com a mudança da nova data.
"Sentei no meu lugar quando anunciaram o cancelamento. Mas achei justo porque estava mais calor do que sexta", ela gala.
Já a mineira de Belo Horizonte Tomázia Rocha Silva, 40, se diz psicologicamente abalada, porque precisou voltar para casa sem poder realizar o sonho da filha, Bárbara, que fez 15 anos em junho e ganhou o ingresso de presente. Mas acredita que todo o transtorno foi causado pela produção do evento.
A administradora de empresas afirma não ter tido condições financeiras para mais dois dias de estadia no Rio, apesar de ter se programado por seis meses para a viagem. Conta ainda que passou mal e desmaiou enquanto esperava pelo show, e enfrentou um arrastão com a filha já saída, e que a adolescente só chora.
Ainda pegou um ônibus no seu retorno que perdeu o freio na estrada, na altura de Juiz de Fora, e precisou esperar por outro veículo num galpão escuro.
"Foram momentos de terror que vivemos por irresponsabilidade da produção. A produtora brincou com a nossa cara, nos fez de palhaças. Estou tremendo de nervoso por incompetência, e ainda estou pagando a conta. Se duvidar, ainda terei que bancar psicólogo para minha filha, que só chora. Foi um sonho que virou pesadelo", desabafa ela, que contratou advogado para processar a T4F.
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