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Filha de Lampião processa autor de livro sobre cangaceiro e pede R$ 245 mil

Expedita Ferreira Nunes, filha de Lampião e Maria Bonita, está processando Tiago Pavinatto por danos morais numa causa com valor de R$ 245 mil.

Pavinatto, demitido da Jovem Pan em agosto após recusar retratação a uma desembargadora, publicou "Da Silva: a Grande Fake News da Esquerda: o Perfil de um Criminoso Conhecido e Famoso Pela Alcunha Lampião", publicado pela editora Almedina, que também é ré no processo.

O que aconteceu?

A defesa de Expedita afirma em nota que a família Ferreira "foi surpreendida" com a publicação do referido livro e que o autor tem feito produção de conteúdos "carentes de fundamentos históricos" e "caracterizados por um teor extremamente agressivo à honra de Lampião e de seus familiares".

Segundo os advogados, a ação não busca impedir a circulação e comercialização do livro, mas sim "resguardar os fatos históricos e assegurar a devida retratação dos familiares de Lampião".

"Destacamos que a família Ferreira tem atuado ativamente para coibir qualquer tentativa de exploração comercial desautorizada dos nomes de Lampião e Maria Bonita, e reiteramos nosso compromisso em continuar a proteger a memória e o legado dessas figuras históricas", diz a nota.

Na ação, Expedita quer que seja "reconhecido o abuso do exercício da liberdade de expressão e informação dos demandados". Também pede condenação de Pavinatto e da editora por submeter Lampião a "desprezo público, com intento comercial e lucrativo".

A ação também pede nota de retratação e que os demandados sejam condenados a "remover o excesso de linguagem e adjetivação que implica em menções desonrosas à figura de Lampião", sob pena de multa diária.

Os pedidos foram confirmados por Pavinatto em vídeo publicado no YouTube. O autor, no entanto, afirmou que se baseou em fontes históricas para escrever o livro, e disse que não vai mudar nada na publicação. "Tá pedindo retratação para a pessoa errada. Se tem uma coisa que eu não faço é me retratar", declarou.

Splash entrou em contato com a editora Almedina, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto.

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