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Suzuki diz ter sido molestada aos 7 e que mãe a mandou parar de fazer drama

Danni Suzuki, 46, revelou que foi molestada por um vizinho quando tinha 7 anos, e que ao relatar o ocorrido anos depois para sua mãe, ouviu que deveria "parar de fazer drama".

A atriz abordou o assunto no podcast Tá Benito. Ao falar sobre situações de assédio vivenciadas no âmbito pessoal e profissional, Suzuki destacou que esse tipo de comportamento era "normal" na época.

"Assédio era uma coisa normal. Lembro que uma época me chamaram para ser modelo, na rua, essa coisa de olheiro, que tinha muito na época, e eu fui para um negócio desse, minha mãe foi junto, ficou em outra sala, o cara pede para tirar a camisa, maquiar, achava que aquilo tudo era normal. Tempos depois vi o cara na TV sendo preso, molestava menina, não sei o que, e eu não sabia nem que estava sendo assediada", declarou.

"Eu na infância fui molestada, com 7, 8 anos, pelo vizinho. Guardei aquele segredo até os 18 anos para contar para minha mãe, achava que a culpa era minha. Você vai lidando com uma série de coisas, todos os traumas que você vai contando, todas as durezas que passei, foram muitas, que hoje vejo as pessoas desistindo até por menos, só me fortaleceram".

Ao falar especificamente sobre a criação de sua mãe, Danni disse ter sido educada para "ser uma guerreira" e que a genitora a fazia ler livros de autoajuda, o que a ajudou a superar os traumas da infância.

"A minha mãe me fez ler muitos livros de autoajuda. Eu li livros, minha mãe me deu muita disciplina, ela é professora de dança, mas também é psicóloga, só que ela é soldada... No dia que contei que fui molestada, eu lembro da minha mãe falando assim: 'Para de fazer drama. Qual o problema? Já foi, já passou, você não está bem? Tem gente que passa por situação muito pior, não dá para perder tempo na vida com essas coisas. Acabou, já passou, para de fazer drama, segue sua vida'".

Como denunciar violência sexual

Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.

Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.

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Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.

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