De ícone gay a 'cancelada' por transfobia: Róisín Murphy canta no Primavera

A cantora irlandesa Róisín Murphy é uma das atrações deste domingo (3) no Primavera Sound. A artista se apresenta no Palco São Paulo, que receberá no mesmo dia nomes como TOKiMONSTA e a DJ The Blessed Madonna.

Com figurinos exagerados e um som eletrônico pop, Murphy conquistou o título de ícone gay entre seus fãs. Em agosto deste ano, porém, um comentário feito nas redes sociais decepcionou alguns de seus admiradores.

Entenda:

Róisín Murphy fez sucesso no final dos anos 90 com a dupla Moloko, emplacando nas danceterias faixas como "Sing It Back" e "The Time Is Now".

Em 2005, ela se lançou na carreira solo, bem recebida pela crítica especializada. Recentemente, uma de suas faixas de estreia viralizou no TikTok: a canção "Ramalama (Bang Bang)".

Em agosto deste ano, Róisín criticou o uso de bloqueadores de puberdade, usado por crianças e adolescentes que desejam passar pela transição de gênero.

"Por favor, não me chamem de TERF [feminista radical trans-excludente]. Por favor, não continuem usando essa palavra contra mulheres. Eu imploro! Mas bloqueadores de puberdade são f*didos, absolutamente desoladores, é a grande indústria farmacêutica enchendo os bolsos de dinheiro. Crianças pequenas e confusas são vulneráveis e precisam ser protegidas, isso é simplesmente uma verdade", escreveu a cantora.

O comentário gerou revolta dos fãs que fazem parte da comunidade LGBTQIA+. Isso porque a artista, que já disse se considerar um 'ícone gay', era tida como uma aliada da causa.

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Róisín pediu desculpas por causar uma "erupção danosa e perigosa de condenação", mas não se retratou em relação a sua fala. "Passei minha vida celebrando a diversidade e diferentes visões, mas nunca apadrinhei ou direcionei cinicamente minha música aos bolsos de qualquer grupo demográfico", afirmou.

"Sinto muito que meus comentários tenham sido dolorosos para muitos de vocês. [...] Espero que as pessoas entendam que minha preocupação é por amor a todos nós", completou. Murphy afirmou ainda que não falará mais sobre o assunto em público e que sua vocação não é o ativismo, e sim a música.

O álbum "Hit Parade", que estava previsto para ser lançado dias após a polêmica, estreou sem ser promovido por decisão da gravadora. A informação é do portal The Fader.

Programação do Primavera Sound

02/12

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03/12

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Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo
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