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Mel Lisboa revela assédios na carreira: 'Sucesso e fama não afastam nada'

Mel Lisboa, 41, em entrevista à Vogue Brasil, falou sobre a volta aos palcos como Rita Lee e revelou ter sofrido assédios durante a carreira.

As missões deixadas por Rita Lee para ela antes de morrer: "Ela me pediu para narrar o audiolivro de sua primeira autobiografia, o que fiz, e, antes de morrer, me convocou para repetir a ação em "Rita Lee: outra autobiografia". Também me pediu que voltasse com o musical, que ficou em cartaz entre 2014 e 2016!"

A preparação para viver a cantora nos palcos: "Foi um estudo de detalhes, profundo, assistia ao material disponível inúmeras vezes. Fui até meio obsessiva para chegar a um resultado que não fosse uma mera imitação. É uma personagem real, que, inclusive, esteve na plateia do musical, baseado no livro de Henrique Bartsch. Agora, nosso material é a autobiografia da cantora. O bonito é ver a forma como ela se retrata, como ela enxerga sua história."

O título de 'símbolo sexual' ao protagonizar a minissérie "Presença de Anita", em 2001: "Foi um peso enorme e, de certo modo, me traumatizou em alguns lugares. Eu não tinha a intenção de me tornar um símbolo sexual. Queria fazer a personagem bem! Isso me atrapalhou um pouco pessoalmente: na minha vida, no meu eu, em quem sou eu. Essa confusão da personagem com atriz é perigosa."

Os assédios sofridos na carreira: "Fui bastante assediada. Sucesso e fama não afastam nada. O primeiro passo é conscientização. O assédio é tão normalizado que a gente sequer o percebe. Acha que é brincadeira, que é assim mesmo."

O envelhecimento e os 40 anos: "Sou uma pessoa que valoriza a experiência, a maturidade. Claro que há coisas difíceis em envelhecer. Não é fácil perceber certas mudanças, mas estou curtindo. Gosto de olhar para trás e ver que fiz muita coisa. Mas também gosto de olhar para frente e perceber que há a possibilidade de fazer tantas outras, que ainda há bastante tempo. Aos 41 anos, sinto que algumas sementes que plantei estão nascendo e é muito bonito. Recebo elogios nas redes sociais, mas também me chamam de venha. Não há o que fazer. A outra opção seria morrer, mas não é boa. Então, vamos envelhecer bem, tentar lidar com isso da melhor forma possível. A cobrança com a mulher é puxada."

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