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Angélica rebate críticas por convidadas de série serem 'brancas e padrão'

Letícia Parron e Victoria Colvara

De Splash, em São Paulo

02/12/2023 17h23

Angélica, 50, rebateu os comentários críticos por sua série "Angélica - 50 & Tanto", do GloboPlay, ter priorizado convidadas "brancas e padrão", com pouco espaço para a diversidade.

O que aconteceu:

A apresentadora participou do painel "Angélica 50 & Tanto" na arena GShow, durante a CCXP 2023, neste sábado (2). Questionada sobre como reage a esses comentários críticos nas redes sociais, a famosa destacou que as pessoas escolhidas para estar na série "tinham que estar ali" porque fazem parte de sua trajetória. Entretanto, ela também destacou a disponibilidade, "agenda", das convidadas para gravações.

As convidadas foram escolhidas de acordo com os assuntos que a gente ia falar, às vezes em relação com a minha vida... E [também] agenda, aquela famosa palavrinha que quando você vai gravar um projeto é complicado. A gente tinha uma lista muito bacana de mulheres, pessoas, mas a disponibilidade de cada uma... Não é que eu chego e convido 'vem cá', não é assim. Foi um quebra-cabeça grande para a gente ter as pessoas que tinham a ver com o assunto e estavam disponíveis para estar ali. Mas acredito que todas que estão ali, tinham que estar ali, porque depois que a gente viu o resultado, falei 'cara, não tinha como ser outra pessoa, não tinha como ser...' Enfim, ficou no final muito bom.

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— Angélica

Na CCXP, a artista refletiu sobre machismo. Para ela, as mulheres têm um longo caminho para superar a sociedade patriarcal, mas destacou que "pequenos gestos e movimentos" são importantes na luta pela igualdade de gênero.

Mulheres foram "treinadas para rivalizar", ponderou Angélica. "Não tenho dúvidas de que é um longo caminho para superar o machismo. Cada vez que eu vejo um post na internet de alguma coisa que a gente faz e você ver outras mulheres agredindo [outra mulher], eu vejo o quanto é difícil, o quanto ainda a gente tem muito o que falar, brigar por isso, porque isso foi muito imposto a gente, a gente foi treinada para rivalizar, porque não é legal, mulheres unidas são muito fortes, é perigoso".

Angélica também destacou que entre ser atriz, apresentadora e cantora, atuar é o que mais lhe desafia. "O mais difícil para mim é ser atriz, porque não é uma coisa que eu exercito, não é orgânico. Apresentar, falar, fico muito à vontade, fico mais à vontade às vezes no palco do que fora. Atuar para mim é mais complicado, mas me desafia, então gosto muito".

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