Não só 'Call me Maybe': Carly Rae Jepsen estreia no Brasil com pop poderoso
A cantora canadense Carly Rae Jepsen veio ao Brasil para o Primavera Sound na turnê que divulga o trabalho mais peculiar que ela já fez. Na verdade, não se trata apenas de seu último álbum, mas sim dos dois últimos que estão interligados.
Em 2022, ela lançou "The Loneliest Hour", um título que pode ser traduzido por "a hora mais solitária". O repertório contempla as angústias e incertezas trazidas pela pandemia. Este ano, ela soltou seu sétimo álbum, este chamado "The Loveliest Hour", na tradução livre "a hora mais amorosa", falando de tempos mais esperançosos depois da tormenta causada pela covid-19.
Mas, enquanto a turnê mundial foca muito nesse material, parece que ela quis uma amostra mais diversificada de seu repertório na primeira vez no Brasil. E essa música multifacetada ficou exposta logo na primeira parte do show em Interlagos.
Entre as primeiras canções, ela foi do pop grudento e adorável de "Let's Sort the Whole Thing Out", do álbum "Dedicated Side B" (2020), à balada derramada de "Kollage", de "The Loveliest Time", e a pegada soul de "Shy Boy", também do álbum mais recente.
Com a apresentação ainda na metade, ela entregou ao público seu primeiro hit mundial, "Call Me Maybe", de 2012, cantado em uníssono por uma plateia que parecia ter aguardado muito esse encontro. Como pouca perfeição pop é bobagem, ela emendou "I Really Like You", do álbum "E-MO-TION" (2015), em outro momento de karaokê geral.
Aparentando bem menos do que seus 38 anos, impressão reforçada pelo visual bonequinha, ela faz uma performance agitada. Percorre todo o palco, salta, desce ao público e, o tempo todo, solta o vozeirão que fez estourar sua carreira, quando se destacou na versão canadense do programa "American Idol".
Carly cortou algumas canções que apresentou em show no sábado (2), no Rio, mas manteve a estrutura básica do setlist e a ordem das músicas. No final, pisou no acelerador com "Go Find Yourself or Whatever" e "Cut to the Feeling". Foi uma apresentação para tirar qualquer dúvida: ao vivo, ela é pop e poderosa.
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