Alexandre Pires: Justiça concede habeas corpus a empresário preso há 3 dias

O empresário de Alexandre Pires, Matheus Possebon, deixou a prisão após habeas corpus concedido pelo TRF da 1ª Região. Ele permanecia detido pela Polícia Federal desde a última terça-feira (5) após desembarcar de um cruzeiro temático do artista em Santos (SP).

O que aconteceu

O músico e o empresário são investigados pela Polícia Federal por suposto envolvimento com garimpo ilegal em terras indígenas. Endereços ligados ao artista e ao agente foram alvo de buscas na segunda-feira (4) na Operação Disco de Ouro.

Prisão preventiva foi substituída pelo cumprimento de medidas cautelares alternativas. Entre elas, o comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo magistrado, para informar atividades; compromisso de comparecer a todos os atos do processo; evitar a obstrução do andamento da ação e comunicar qualquer alteração de endereço.

Matheus Possebon permaneceu detido no CDP de Santos (SP) até ontem. Empresário foi transferido hoje para a penitenciária de Tremembé (SP) antes de a Justiça conceder o habeas corpus.

Solicitação foi realizada por Fábio Tofic Simantob, advogado do empresário. "Raramente me deparo com uma decisão tão descabida e equivocada. Felizmente o erro foi corrigido a tempo de Matheus retornar a suas atividades normais", afirmou Fábio em contato com Splash.

Empresário não pode ser considerado "periculoso" para que a prisão preventiva seja mantida, argumentou a defesa. "A única e exclusiva razão para o paciente ter sido incluído na investigação é porque teria recebido da empresa Christian Costa dos Santos, que usa o nome fantasia Betser, montante no valor de R$ 1,7 milhão."

Decisão é assinada pela desembargadora federal Maria do Carmo Cardoso. "A prisão cautelar não é a regra, mas sim a exceção e deve ser somente decretada e mantida em caso de necessidade demonstrada e, quando não for possível, a adoção de outras medidas que atinjam o mesmo desiderato."

Investigação

Alexandre também foi conduzido à sede da PF, ouvido e liberado. A informação foi confirmada na manhã desta terça-feira (5) pelo programa Encontro (Globo).

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De acordo com a PF, o cantor teria recebido pelo menos R$ 1 milhão de uma mineradora investigada. Já o empresário é suspeito de financiar o garimpo na Terra Indígena Yanomami. O agente seria um dos "responsáveis pelo núcleo financeiro dos crimes".

A investigação começou depois que a polícia apreendeu, em janeiro de 2022, quase 30 toneladas de cassiterita —principal minério de estanho— extraída ilegalmente na sede de uma das empresas suspeitas. O carregamento em questão seria enviado ao exterior.

O advogado Luiz Flávio Borges D'Urso negou em nota que Alexandre Pires tenha envolvimento com garimpo ilegal e afirmou que, no decorrer da investigação, será provado que o cantor não cometeu nenhum crime.

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