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Após Taylor, fãs de McCartney chegam 'apenas' 12 horas antes do show em SP

Luiz Otavio e a namorada, Maria Linda, foram juntos ao show Imagem: Fernanda Talarico/UOL

09/12/2023 18h57Atualizada em 09/12/2023 23h48

Após filas de barracas que se formaram em torno do Allianz Parque em decorrência dos shows do RBD e da Taylor Swift, a calmaria voltou. Isso não quer dizer que as grandes apresentações acabaram, ao contrário: hoje (9), Paul McCartney faz o seu segundo show na capital paulista da turnê "Got Back".

Desta vez, no entanto, a sensação é de tranquilidade. Além do calor ter finalmente dado uma trégua aos fãs, são poucos aqueles que se dispõem a chegar tanto tempo antes para ver o ídolo de perto, mesmo se tratando de um Beatle.

Um exemplo disso é Luiz Otavio Cruz, 28, que comprou o ingresso para o show logo no primeiro dia em que as vendas foram abertas, em agosto. Ao adquirir a entrada, não cogitou passar perrengues para assistir a McCartney de perto. A ideia de ir cedo ao estádio, porém, começou a fazer mais sentido com a aproximação do show.

Não há comparações com os fãs de Taylor Swift, por exemplo, que acamparam até mesmo para comprar os ingressos. Cruz chegou pouco depois das 7h deste sábado, dia do show, e conseguiu ser o 62º na fila da pista premium; ou seja: não dormiu no chão da Avenida Francisco Matarazzo e ainda conseguiu um lugar na grade.

"Estou ansioso para ouvir 'I've Got a Feeling', que conta com participação virtual do John [Lennon], e 'She's a Woman', que para mim é inédita."

Paul McCartney faz show de sua turnê no Allianz Parque Imagem: Manuela Scarpa/Brazil News

Acompanhado da namorada e de um amigo, o designer e músico contou a Splash que decidiu ir mais cedo ao show por se tratar do estádio do Palmeiras. "Apesar de a gente ter dado sorte da temperatura estar mais amena hoje, uma das vantagens do Allianz é ter o shopping [Bourbon] perto", explica. "Mas, ficar mais de 10h na fila é extremamente desgastante, e fiquei com receio."

"Eu tava bastante preocupado com o calor. Tenho amigos que vieram dia 7 [de dezembro, primeiro show do Paul McCartney em São Paulo], e disseram que o calor estava insuportável", diz "Acompanhamos a previsão durante a semana e não descartamos a possibilidade nem de chuva, nem de sol, viemos preparados para as duas."

Para enfrentar a espera até às 20h00 - horário marcado para começar o show - o trio foi preparado: levaram lanches, água, protetor solar e uma bateria externa para aguentar tanto tempo na fila.

Mesmo assim, o "perrengue" vale a pena

"Apesar de eu ser jovem, eu devo muito, mas muito mesmo, da minha formação musical aos Beatles, e o Paul sempre foi meu favorito, incluindo durante sua carreira solo. Também por isso, uma boa parte da trilha sonora da minha vida inclui composições dele. Isso tudo junto transforma o show para mim em uma experiência catártica!"

Emocionado, Cruz explica a sensação de ver de tão perto seu ídolo. "A emoção já começa no palco, quando a gente percebe que tá de frente com aquele mesmo menino das filmagens em preto-e-branco que consumi durante anos, sabe?"

Este é a quarta vez que ele vai a um show de McCartney. No entanto, se depender de Luiz Otavio, não será a derradeira.

"Então, todo ano que ele vem, os fãs ficam com medo de ser a última, então acabam indo de novo. Eu me encaixo nesse grupo [risos]. Mas, depende do que ele traz de novidade para os shows. Eu já deixei de ir em show dele, porque o repertório não me agradava, por exemplo. Mas, muito provavelmente, eu acabarei indo de novo sim", concluiu.

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