Aquaman chega ao 2° filme e se livra de 50 anos de zoação
"Aquaman: O Reino Perdido" encerra a atual trajetória do herói da DC nos cinemas. Ela começou em 2018, com o lançamento de "Aquaman", que arrecadou mais de US$ 1 bilhão, e pôs um ponto-final em cinco décadas de zoação.
O que aconteceu
O deboche com o personagem da DC vem desde 1973. O desenho "Superamigos" passou a ser exibido na TV, e demorou muitas décadas para que a imagem do herdeiro de Atlântida mudasse.
Quem nunca leu os quadrinhos, reproduzia apenas as ideias de que:
ele não tinha poderes;
ele não podia sair da água porque ficava fraco;
ele falava com os peixes;
seu meio de transporte era um patético cavalo-marinho;
seu uniforme era cafona e sem muita graça;
ele era um personagem secundário e jamais ganharia um filme solo.
Como mudou
A imagem do herói começou a mudar com a saga dos quadrinhos "Os Novos 52". Geoff Johns e os brasileiros Ivan Reis e Joe Prado transformaram o visual e as características de Aquaman.
O trio brincou com a ideia de como o personagem da DC sempre foi ridicularizado e como isso era um incômodo. As HQs venderam muito bem nos Estados Unidos, e o passo seguinte foi adaptar a ideia para os cinemas.
Filme
A primeira aparição do personagem foi em "Liga da Justiça" (2017). Jason Momoa interpretou Aquaman e, em 2018, protagonizou o primeiro filme solo.
Com cara de mau, descolado, barbudo, que desce a porrada, beberrão e que afasta a aparência frágil que ficou conhecida nas versões anteriores do herói. O filme dirigido por James Wan se apodera de vários detalhes que deram errado nos desenhos e ainda incorpora elementos novos para dar uma nova vida a Aquaman.
O segundo longa, lançado recentemente nos cinemas, traz um herói um pouco menos brucutu, mas por um motivo: agora ele é pai. A mãe é a Mera, personagem da Amber Heard.
Mesmo mais "fofo", Aquaman ainda mantém a postura de mau e descolado. No entanto, não perde nunca o tempo de piada.
Produções para cinema mudaram as características do personagem
Cavalo-marinho é usado em batalha, e não tem nada a ver com aquele usado por Aquaman nos desenhos. Pelo contrário, ele é forte e repleto de escamas, lembrando mais um dragão das profundezas do oceano.
Falar com os peixes é um dom adicionado a vários outros. Inclusive, no segundo filme, descobrimos que seu filho também herdou a habilidade.
Não precisa estar na água para ser forte. Diferentemente do que se pode imaginar, ele não precisa de ambiente aquático para ter superforça, ou seja, luta muito bem em superfície terrestre.
Traje ainda continua cafona, mas é um super-herói, então tem liberdade para isso. A diferença está nas diversas vezes que o personagem aparece sem camisa e de calças jeans.
Filme solo aconteceu, foi um sucesso de bilheteria e ganhou continuação. Não precisa dizer mais nada.