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Griselda: como madrinha da cocaína assustou Escobar e revolucionou tráfico

A narcotraficante Griselda Blanco em foto ao ser fichada pela polícia de Miami Imagem: Reprodução

Colaboração para Splash, em São Paulo

31/01/2024 04h00

Depois do sucesso com "Narcos", a Netflix mais uma vez aposta na história do tráfico colombiano com "Griselda". A "madrinha da cocaína" revolucionou o tráfico internacional com suas estratégias.

Como Griselda agia?

Os crimes começaram quando ela tinha apenas 12 anos, em Medellin, para onde mudou com sua mãe. Há registros que foi nessa idade que Griselda cometeu seu primeiro sequestro e seu primeiro assassinato, segundo a jornalista Jennie Erin Smith.

Nos anos 1970, instalada em Miami, Griselda fez seu negócio com drogas crescer usando muita violência — primeiro, traficava maconha, e depois, cocaína.

Ela foi uma das pioneiras na utilização de "mulas". As "mulas" eram mulheres que viajavam entre Colômbia e Estados Unidos com drogas embaixo das roupas.

Antes de Pablo Escobar, foi ela quem criou os caminhos e as rotas de escoamento de drogas via Miami — que, posteriormente, foram aproveitadas por ele. Pablo Escobar, inclusive, teria dito: "O único homem que temi em minha vida foi uma mulher chamada Griselda Blanco". Esta frase inicia a produção da Netflix sobre Griselda.

A "madrinha da cocaína" criou um grupo chamado de Pistoleiros, que ficou conhecido por matar pessoas em motos. O objetivo era proteger seus negócios.

Sua rede de tráfico a colocou como uma das criminosas mais ricas do mundo, segundo o site Celebrity Networth. Ela chegou a negar vender seu negócio para um cartel rival por US$ 15 milhões (cerca de R$ 74,2 mi).

Prisão

A queda de Griselda começa a acontecer na década de 1980, quando ela foi presa na Califórnia, julgada e condenada por tráfico de drogas e três assassinatos.

Neste período na prisão, Griselda viu seus filhos do primeiro casamento serem assassinados. Em 2004, ela foi deportada e viveu livre até ser morta em 2012 — curiosamente, o assassino estava em uma moto.

Viúva negra

Ainda com 13 anos, se casou com Carlos Trujillo, conhecido por ser um falsificador de documentos, o que ajudou na sua ida para os Estados Unidos. O relacionamento rendeu três filhos, mas Trujillo morreu na sequência. Há quem diga que foi de cirrose, mas também existe uma versão de que Griselda teria matado o marido.

Seu segundo casamento foi com Alberto Bravo e, aí, se inicia sua relação com o tráfico. Bravo morre e mais uma vez Griselda é ligada à morte do traficante.

O terceiro casamento, com Darío Sepúlveda, com quem teve o quarto filho, também acabou com a morte do marido. A partir daí, Griselda também passou a ser chamada de viúva negra.

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