Mulher é condenada por ofensas racistas contra filha de Gagliasso e Ewbank
De Splash, em São Paulo
07/02/2024 17h45Atualizada em 08/02/2024 10h52
A Justiça do Rio de Janeiro condenou a socialite Dayane Alcantara Couto de Andrade a pagar R$ 180 mil em danos morais à família de Bruno Gagliasso e Gio Ewbank. Ela publicou um vídeo no Instagram com ofensas racistas contra Titi, filha do casal, em 2017.
O que aconteceu
O TJ entendeu que o caso ultrapassou o "racismo estrutural" e que as ofensas foram cruéis. "Pode-se concluir pela incidência dos danos morais em questão", diz um dos trechos da sentença.
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Justiça argumentou que a socialite, ao compartilhar o vídeo, estimulou a prática do racismo. Ela também foi condenada a pagar as custas processuais.
O advogado Alexandre Celano, que representa a família Gagliasso, disse a Splash que a decisão não apagará as "marcas das atrocidades racistas cometidas pela ré". Por outro lado, há o alento de que a condenação em compensar os danos morais sofridos, cujo valor atualizado supera a quantia de meio milhão de reais, ao que me parece, a maior quantia já arbitrada no país contra um racista.
A reportagem também entrou em contato com a defesa de Dayane, mas não obteve resposta. O espaço permanece aberto.
O caso
A socialite Dayane Alcantara Couto de Andrade, conhecida como Day McCarthy, foi denunciada por Bruno Gagliasso e Gio Ewbank em 2017. À época, ela publicou um vídeo no Instagram com ofensas racistas contra Titi, que tinha 4 anos.
No vídeo, Day McCarthy se revolta afirmando que as mesmas pessoas que a criticam pela sua aparência (por não ter olhos azuis e nariz fino) vão ao Instagram de Gagliasso e Ewbank e elogiam a filha do casal, que é negra.
Ator falou do caso, em novembro de 2017, ao deixar a delegacia. "Ela é uma criminosa, precisa pagar pelo que fez. Estou aqui porque ela disse que está em outro país. Conversando com a delegada, ela disse que é muito importante fazer isso porque é crime em qualquer lugar do mundo e ela vai responder por isso", disse.