Regina Volpato 'invade' vidas amorosas e tenta entender términos ruins
Regina Volpato, 55, abriu 2024 recheada de projetos. Além de estar próxima de reestrear no SBT, a apresentadora estreou o videocast "O Amor na Influência", na Amazon Music, para debater o que mais as pessoas a procuram para pedir conselhos na internet: relacionamentos.
É muito interessante como a busca é a mesma. A busca pelo amor, a busca pela felicidade, fugir do sofrimento, fugir da dor e alcançar a felicidade, mas a maneira de se relacionar acaba mudando muito pouco. O que muda são as expectativas, a maneira de lidar com as decepções e com o próprio amor quando ele vai bem. Então, tem sido muito legal, porque estou tendo um panorama da vida amorosa das pessoas.
Regina Volpato, em entrevista a Splash
"Terminar um relacionamento é tão importante quanto começá-lo"
Regina Volpato conta com a parceria do ator Gabriel Santana para lançar todas às terças-feiras um episódio de "O Amor na Influência". "A ideia é falar com influenciadores que são muito conhecidos, mas por uma única faceta deles. O que a gente queria saber é a intimidade da vida amorosa deles. O que a gente quer saber é a sua experiência, é o seu ponto de vista, é a sua verdade, é a sua vivência. Ninguém está para criticar. Não dá para criticar nada na vida, quem dirá a vida amorosa, né?", destaca.
O videocast, inclusive, tem sido um laboratório para a jornalista matar a curiosidade sobre como e por que os casais se tornam desafetos quando decidem acabar com o relacionamento. "Como é viver o fim de um relacionamento? Porque eu acho que terminar um relacionamento é tão importante quanto começá-lo. E, às vezes, as pessoas começam tão bonitinho e no fim fazem uma lambança, fazem tudo de qualquer jeito, magoam os outros e se magoam. Então, essa tem sido a minha curiosidade, não só no podcast, mas na vida mesmo", pontua.
Na minha cabeça, eu não consigo conceber a ideia de que uma relação amorosa termine em inimizade, mágoa, sofrimento, rancor, trauma. Não fecha uma coisa que começa tão legal terminar de maneira trágica. Essa tem sido a minha curiosidade e a minha tentativa de aprender... Por que, ao invés de ganhar um amigo, um conhecido, um colega, essa pessoa sai da sua vida e vira um desafeto? Claro, estou falando de relações normais, sem abuso.
Regina Volpato
"Não sabia que eu tinha essa habilidade"
Regina Volpato está marcada na memória dos brasileiros pelos 5 anos como apresentadora do Casos de Família (programa extinto em 2023 no SBT). Lá, ela recebia famílias e casais para debater problemas da vida íntima e, ao mesmo tempo em que resolvia as questões, desenvolveu a habilidade de conselheira. "Quando fui para o Caso de Família, eu também não sabia que eu tinha essa habilidade nem na minha vida pessoal, muito menos no trabalho. Fui descobrindo ali", afirma.
Durante a pandemia da covid-19, a jornalista viu a brincadeira do "Eu acho" nos stories do Instagram bombar e viralizou com dicas para salvar relacionamentos/casamentos que estavam em crise em virtude do isolamento social.
O quadro é 'eu acho'. Não é a verdade, não é para você fazer, é o que eu acho e é o que eu acho naquele momento, porque tudo muda, né? Hoje, agora, nesse momento, eu acho uma coisa. À noite, eu vou achar outra e amanhã outra. Porque, para mim, a vida é isso. A gente se reciclando, se questionando e se transformando o tempo todo. Não tem problema nenhum em mudar de ideia. Não tem problema nenhum quando mudam de ideia com relação às minhas coisas. Isso é estar vivo.
Regina Volpato
A apresentadora garante que lê todos os recados dos seguidores, mas não responde tudo por ver que precisaria aprofundar muito mais do que em simples um minuto. "Leio tudo. Muitas coisas não respondo, porque eu não sei, porque eu não consigo, porque preciso de um tempo. Por isso que falo: 'Manda de novo que eu respondo'. Às vezes, na quinta vez que a pessoa está mandando, eu respondo, porque me dá um lampejo ou acho que tenho alguma coisa para falar. Outras coisas eu não respondo por um filtro meu mesmo".
Volpato crê que o caminho para um relacionamento saudável é os envolvidos sempre tratarem o outro com a verdade. "Acho que se cada um der conta de si, dos seus sentimentos e ser franca com a própria, eu comigo mesma, o outro com ele mesmo, já é meio caminho andado. Acho que essa dificuldade é em se entender, é entender o outro, entender que uma relação é feita pelas pessoas envolvidas, seja trisal, casamento monogâmico ou relacionamento aberto. Então, a parcela de contribuição, de deslize, de erro, é a mesma para todos", opina
Regina Volpato fez 20 anos de terapia, ganhou alta e aprendeu que nomear a questão que está tirando o seu sono é o caminho para solucionar o caso. "Não tenho problema em correr para minha casa, sentar e chorar. Não tenho problema nenhum em admitir o que estou sentindo. Aliás, isso aprendi na terapia. Para começarmos a lidar com o que a gente não gosta, com o que não está legal, é muito importante a gente saber o nome do que está sentindo. Às vezes, a gente coloca tudo como tristeza e, às vezes, não é tristeza. É raiva, é ódio, é indignação, é inveja, é a sensação de ter sido preterida. Injustiça.
Então, identifico o que estou sentindo. A partir daí, mudo o que pode ser mudado, aceito o que não pode ser mudado. Mas é muito tempo de reflexão. Regina Volpato
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