Amante, Stalker e Mortal: a história real e trágica de um triângulo amoroso
Atenção, contém spoiler! O documentário "Amante, Stalker e Mortal" está disponível na Netflix e conta a trágica história que nasceu a partir de um triângulo amoroso. No entanto, com diversas reviravoltas, ela não é o que parece ser.
A vida do mecânico Dave Kroupa se tornou um inferno ao começar a sair com uma mulher que conheceu online. A relação resultou em perseguição, assédio, incêndio e, até mesmo, assassinato.
O que aconteceu
Após se divorciar, Dave se mudou para Omaha, em Nebraska, em 2012. Foi quando conheceu Shanna Liz Golyar, com quem começou um breve romance. Eles não tinham um relacionamento sério.
Pouco tempo depois, ele conheceu Cari Farver e começaram a sair. Os dois também não mantinham um relacionamento sério.
Um dia, Liz foi ao apartamento de Dave sob o pretexto de buscar algo que esquecera, e encontrou Cari. Segundo o mecânico, elas "fizeram contato visual por três segundos" apenas.
Duas semanas depois, Dave foi questionado por Cari se eles poderiam morar juntos. Ele explicou que este assunto já tinha sido conversado e fora decidido que manteriam a relação de maneira causal. No dia, Dave saiu para trabalhar, enquanto Cari dormia na casa do mecânico.
Dave recebeu diversas mensagens raivosas e sendo xingado por Cari. Ela dizia que o odiava e que ele havia arruinado sua vida. Quando ele voltou para casa para almoçar, parecia que Cari havia pegado todos os seus pertences e ido embora.
Poucos dias depois, o mecânico começou a receber mensagens cada vez mais ameaçadoras: "Vou destruir as coisas que lhe interessam"; "sua vida ficará arruinada". A partir daí, a situação rapidamente saiu do controle.
O carro de Liz foi inteiro riscado e a mulher teve sua casa incendiada, o que levou à morte de todos seus animais de estimação. Durante os quatro anos seguintes, Dave e pessoas próximas receberam diversas formas de assédio, como mensagens ameaçadoras de mais de 40 números de telefone diferentes e inúmeros pseudônimos de e-mail.
Dave pediu ajuda ao Departamento de Polícia de Omaha logo após o início do assédio. Mas um grande problema atormentava continuamente o caso: ninguém vira Cari desde aquela manhã de novembro que o homem a deixara no seu apartamento.
Em janeiro de 2013, Davi encontrou o carro de Cari em um estacionamento perto de sua casa, mas quando a polícia o revistou, encontrou apenas uma única impressão digital que não correspondia a Cari ou a qualquer pessoa no banco de dados nacional do FBI.
Nos dias seguintes ao desaparecimento de Cari, sua mãe, Nancy Raney, também começou a receber mensagens estranhas, incluindo algumas nas quais a mulher dizia estar se mudando para o Kansas, para um novo emprego, e que entraria em contato para buscar seu filho de 15 anos. Nancy disse à ABC News que isso era sem sentido. A polícia descobriu que Carie havia sido diagnosticada e estava tomando medicamentos para transtorno bipolar, então não foi procurá-la.
A reviravolta
O choque do documentário acontece ao revelar que Cari foi assassinada no mesmo dia em que Dave começou a receber as mensagens ameaçadores em seu telefone.
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Quero receberFoi descoberto então que Liz era a pessoa por trás de tudo. Ela chegou ao ponto de incendiar sua própria casa.
Quando três investigadores vasculharam os dados de 2013 do celular de Liz, encontraram uma foto do carro de Cari no telefone de Liz, tirada um mês antes de a polícia recuperar o veículo.
Liz tentou incriminar Flora, a ex-esposa de Dave. Para isso, ela até mesmo deu um tiro na própria perna, mas a polícia teve acesso a um tablet de Liz que continha um cartão de memória com uma foto do cadáver de Cari.
Liz foi presa em dezembro de 2016, com a polícia alegando que ela esfaqueou Cari até a morte em seu carro (onde manchas de sangue foram descobertas durante uma investigação de acompanhamento mais aprofundada) antes de se livrar de seu corpo.
Em 2017, Liz foi condenada por homicídio em primeiro grau e incêndio criminoso em segundo grau. Ela foi condenada à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
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