Cissa diz não sentir ódio de assassino do filho e esperava pedido de perdão
Colaboração para Splash, em São Paulo
05/03/2024 04h00
Cissa Guimarães afirmou que nunca sentiu ódio do responsável por matar seu filho, Rafael Mascarenhas, atropelado em 2010, mas disse ter mágoa pelo fato de o assassino, Rafael de Souza Bussamra, e seus familiares não terem pedido a ela perdão pelo ocorrido.
O que aconteceu
Guimarães afirmou que perder um filho "é a pior dor do mundo", mas que isso não a fez sentir ódio por Bussamra. "Vou dizer a verdade e espero que todos acreditem: ódio eu nunca senti e eu computo muito isso a energia de luz do Rafael. Essa família nunca me procurou, a mãe desse rapaz nunca me procurou, o pai estava presente no julgamento e não teve coragem de me olhar... Eu esperava no mínimo um pedido de perdão, mas eu procuro exercer sempre o perdão, porque criei uma realidade para mim em que não perdi, só ganhei o meu filho. Ganhei 18 anos do meu filho aqui nesse plano, desse amor que eu só posso agradecer, porque se ele não tivesse vindo ao mundo eu não saberia como era". As declarações foram em entrevista ao programa Dando a Real.
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Apresentadora também disse acreditar que Bussamra não saiu de casa com o intuito de matar seu filho, mas que ele deve ser responsabilizado pela morte do jovem. "Não se pode esquecer, repetir isso e sair impune. Depois de uma luta de 13 anos eles estão presos. Essa coisa do acidente é difícil porque tem uma coisa que é verdade, eu acredito de fato nisso, eu não acho que esse rapaz tenha saído de casa com o intuito de atropelar o meu filho, acho que ele foi completamente irresponsável e ele tem que pagar por isso, porque o túnel estava fechado para manutenção e ele fez um 'pega' num lugar que não deveria fazer".
Relembre o caso
No dia 20 de julho de 2010, Rafael Mascarenhas, filho de Cissa Guimarães Raul Mascarenhas, morreu após ser atropelado no Túnel Acústico (hoje Túnel Acústico Rafael Mascarenhas), na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro.
Naquela madrugada, Rafael, que tinha 18 anos, andava de skate com amigos no túnel, que estava fechado para manutenção, quando foi atingido por um veículo em alta velocidade. Segundo testemunhas, dois carros se aproveitaram da interdição do túnel para apostar um "racha".
Rafael Bussamra, que dirigia o veículo que atropelou Mascarenhas, fugiu do local do acidente sem prestar socorro. O pai dele, Roberto Bussamra, foi acusado de subornar policiais para livrar o filho — os agentes foram expulsos da Polícia Militar do Rio de Janeiro e responderam a ações criminais.
Mascarenhas foi levado ao Hospital Miguel Couto ainda com vida. Ele chegou à unidade com politraumatismos na cabeça, no tórax, nos braços e nas pernas. O rapaz chegou a ser operado, mas morreu por volta das 8h da manhã do mesmo dia.
Rafael e Roberto foram presos em setembro de 2023, 13 anos após o crime. Rafael cumprirá sentença de sete anos de prisão em regime fechado e mais cinco anos e nove meses em semiaberto. Ele foi condenado por homicídio culposo, além de dirigir em área fechada para tráfego e deixar o local sem prestar socorro após atropelar Rafael Mascarenhas. Roberto cumprirá oito anos em regime fechado e nove meses em semiaberto. Ele pagou propina aos policiais que liberaram o carro e Rafael após o acidente.