Dragon Ball Z marcou o 11 de setembro no Brasil sem nem ir ao ar
De Splash, em São Paulo
08/03/2024 09h05
O desenho Dragon Ball Z, cujo criador morreu nesta semana, fez parte da infância de toda uma geração no Brasil. Tem gente que até associa o anime a um evento histórico: para essas pessoas, o plantão da Globo noticiando os atentados às Torres Gêmeas teria interrompido um episódio crucial da saga de Goku.
No entanto, isso nunca aconteceu
Dragon Ball Z não estava no ar quando o plantão da Globo foi exibido. Na hora do plantão, por volta das 10h, a Globo exibia o quadro "Garrafinha", parte do programa Bambuluá — apresentado por Angélica. "Dragon Ball Z" só começava às 11h20, mas realmente foi substituído pela cobertura sobre os atentados.
Também há confusão sobre o episódio que seria exibido naquele dia. Muitos ainda acreditam erroneamente que Goku atingiria o Super Sayajin nível 3 (episódio 245) em 11 de setembro de 2001, mas o episódio programado para aquele dia era o número 237 ("Vegeta luta por seus entes queridos").
Essas memórias falsas têm o nome de "efeito Mandela". A expressão foi cunhada por Fiona Broome, uma norte-americana que se autodenomina "pesquisadora paranormal". Quando Nelson Mandela morreu, em 2013, ela compartilhou nas redes sociais que acreditava que ele tinha falecido na prisão nos anos 80. Outras pessoas disseram também partilhar dessa lembrança falsa, e desde então o termo se popularizou.