Guilherme Arantes sobre Jão e grandes festivais: "Não tenho como competir'
Em entrevista ao jornal Extra, Guilherme Arantes falou sobre ter shows lotados mas não participar de grandes festivais como o Rock in Rio.
O que aconteceu
Show lotado no Teatro Municipal do Rio: "É um reencontro com o público do Rio e acho que vendeu tudo, o que é uma honra para mim. Mostra que as pessoas me prestigiam. Tenho uma boa recepção sempre. E compartilho essa realidade com outros colegas, como Oswaldo Montenegro e Almir Sater, por exemplo, que têm os shows lotados e não estão num circuito de entretenimento que é poderoso no Brasil. Um modelo que ganhou força desde os anos 90, com a inclusão de novos gêneros como o sertanejo, o pagode, o axé. São shows coletivos, com grandes produções, muitos artistas em um mesmo festival. Não estou fazendo uma crítica, mas esse é o modelo que se estabeleceu. Só que eu tenho uma obra com personalidade e um público leal. Meu estilo é bem peculiar".
Apesar disso, não ser chamado para grandes festivais, como o Rock in Rio: "Não aconteceu. Talvez por uma questão de estilo, de curadoria. Eu sei que não sou um artista de massa, e aí o pessoal não tem muita ideia do que poderia acontecer. Vai que eu tomo uma vaia? Essa pode ser uma preocupação. Mas não é algo que me provoque qualquer sentimento de exclusão. Acho que tudo tem a hora certa para acontecer. E se isso se concretizar, será uma honra".
A relação com a nova geração de cantores: "Não estou soterrado pelo passado, eu estou no presente. Semana que vem me apresento com Roberta Campos, gravei com AnaVitória... Sou bem recebido por artistas do sertanejo, do pagode. Belo gravou uma versão de "Um dia, um adeus'' que foi sucesso. Isso faz de mim um artista universal. Mas eu não posso competir com o pop do Jão, por exemplo, que é maravilhoso, mas que faz um show para grandes plateias, uma experiência. Guilherme Arantes não é experiência, é um clássico".
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