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Questionada por beleza aos 61, Toller rebate: 'Perguntaria isso a homem?'

A cantora Paula Toller comenta sobre envelhecimento e carreira solo Imagem: Rogério Fidalgo/AgNews

Colaboração para Splash, em São Paulo

09/03/2024 11h40

Paula Toller, 61, avaliou que soube envelhecer bem e questionou se perguntas sobre beleza são feitas aos homens. A artista ainda tratou sobre o Kid Abelha e indicou o que pensa da política no Brasil.

O que aconteceu

A cantora negou que se sinta pressionada pela beleza e deu uma alfinetada. "Você perguntaria sobre isso a um artista homem? As pessoas me elogiam e gosto. Tenho uma cobrança pessoal que não é necessariamente de beleza. Cuido do corpo e cabeça. Não é para agradar ninguém em especial, é para eu me sentir bem e um respeito com o público. Eu envelheci bem", rebateu em entrevista ao Estadão.

Ela comentou sobre o etarismo na música: "Existe principalmente no showbusiness, onde precisamos de novidade o tempo todo. Mas eu me sinto bem, não sinto a necessidade de competir com ninguém. Não sou escrava do trabalho e durante os shows me sinto com 18 anos, muito melhor até, pois eu era muito tímida".

Paula Toller descartou o retorno do Kid Abelha: "O fim do Kid Abelha aconteceu naturalmente. Quando se é muito novo, você faz tudo em grupo, vai ao cinema junto, viaja junto, mas, depois, tem outros interesses, quer trabalhar com outras pessoas, outros estilos. Adorei a volta dos Titãs, mas não estou pensando em algo desse tipo agora".

A artista citou a mudança de postura dos músicos: "Você vai falar uma frase e tem que pensar se o verbo vai pegar bem ou mal. Isso é uma tirania. Na geração atual, a pessoa já é empresária, influencer. Na minha época, era bem diferente. A gente dava opinião em tudo e por isso havia tanta personalidade".

Por fim, a famosa opinou sobre a política no país: "Artista nenhum tem a obrigação de ser posicionar politicamente. Recentemente entrei numa situação de fake news e sofri pedrada dos dois lados, da esquerda e da direita. Rezo para o Brasil ter opções mais moderadas, democráticas, independentemente do que acho do governo atual ou do governo passado. Precisamos de gente nova, com cabeça mais moderna. O Brasil precisa andar para frente e não estou vendo isso".

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