Luana Piovani relembra violência em namoro: 'Ia para a cadeia ou cemitério'
Luana Piovani falou para uma plateia de mulheres na tarde de sábado (9) em Sesimbra (Portugal) sobre o "despertar feminino" e a violência contra a mulher, em mais uma edição do encontro Oráculo.
O que aconteceu
Durante o evento, Luana avaliou que o cenário não está bom para as mulheres em Portugal. "A situação da mulher não está boa em lugar nenhum, mas existem lugares piores que outros. Eu já vivi os meus maus bocados aqui, sendo mulher", disse.
Luana ainda disse que, quando chegou a Portugal, as pessoas a perguntavam o que ela achava do país e ela respondia que era "o céu". "Eu gosto mesmo, muito, daqui [...] Mas a gente tem que entender que está vivendo uma violência, e tem que não querer estar nesse lugar", disse, citando que foi "maltratada e humilhada" no Tribunal de Cascais por uma juíza, durante o processo contra Pedro Scooby.
Em seguida, ela lembrou alguns episódios que viveu. Ponderou que, mulheres, inclusive famosas, sentem medo ao falar sobre a violência doméstica.
Eu sei da vergonha. É muito humilhante apanhar. Mas é mais vergonha bater. Não se calem Luana Piovani
Luana citou brevemente um caso de violência doméstica que viveu, dando a entender se tratar de seu namoro com Dado Dolabella. Os dois se envolveram entre 2006 e 2008. No ano do término, o casal discutiu e Dado bateu em Luana. Dois anos depois, ele foi condenado por lesão corporal, mas recorreu e se livrou da pena de quase três anos de prisão.
Acham que é fácil? Faltavam duas semanas para eu morar junto do rapaz que me bateu. Eu tava no carro, fugindo dele, porque ele já tinha entendido a cagada que tinha feito, tava vindo atrás de mim, ainda fui perseguida. Olhei para o céu e falei: 'Pai, obrigada. Eu sei porque isso aconteceu. Para que eu não fosse morar [com ele]'. Porque alguém ali ia para a cadeia, e alguém ali ia pro cemitério
Ela acrescentou que, nesse momento, "despertou" e se questionou sobre o que fazer com seus sentimentos. Luana então preferiu "matar" o então namorado em sua cabeça. "Porque é óbvio que eu ia morar com uma pessoa que eu estava apaixonada [...] Então pronto, ele morreu. É assim que lidei com o que tinha aqui dentro".
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