Infiltrado na Klan: conheça a história real que inspirou filme de Spike Lee

Em cartaz no "Corujão" desta sexta-feira (15), o aclamado filme "Infiltrado no Klan" foi lançado em 2018 e dirigido por Spike Lee. O longa é baseado no livro de memórias de Ron Stallworth, o "Black Klansman", um policial negro que conseguiu se infiltrar na Ku Klux Klan, uma organização racista que defendia a supremacia branca.

A história real

Em 1978, no Colorado, nos Estados Unidos, Ron tinha uma carreira consolidada na polícia e começou a trabalhar no departamento de inteligência. Enquanto estava procurando um novo caso, ele deu de cara com um anúncio no jornal dizendo que a KKK estava recrutando novos membros.

O policial não pensou duas vezes antes se infiltrar no comando como forma de combatê-lo. Ele começou a ganhar confiança do chefe da organização supremacista, David Duke, e eles passavam horas falando ao telefone e Ron gravava tudo.

Ron Stallworth mostrando seu cartão de membro KKK
Ron Stallworth mostrando seu cartão de membro KKK Imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

Para os encontros presenciais, ele mandava seu amigo e colega de trabalho Chuck, interpretado na produção pelo ator Adam Driver, que era um policial branco. O caso ficou mais perigoso quando Duke foi para o Colorado dar algumas entrevistas e Ron foi designado para ser seu guarda-costas. O policial tinha medo de sua voz ser reconhecida.

Mas, seu chefe disse que ele era o único na divisão disponível para o trabalho. Ron então falou para Duke que não acreditava em nenhuma de suas ideologias, mas que faria seu trabalho. Duke nunca descobriu a identidade de Stallworth, mas a investigação terminou por outros motivos.

A KKK pediu para que Ron se tornasse um membro oficial, já que provou ser um "Klasman" bom e dedicado a causa. O policial e seu colega iriam seguir com o plano, mas o chefe do departamento disse que não tinha mais nada para acrescentar na investigação. Ron foi obrigado a parar de atender as ligações e destruir todos os dados que coletou.

O policial acatou o pedido, mas não destruiu os relatórios, muito menos a carteirinha de membro da Ku Klux Klan. Anos depois, ele lançou o livro contando sua história.

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