6 animes que os fãs preferem fingir que nunca existiram
Tal qual a Feiticeira Escarlate criou sua própria realidade em "Wandavision", os fãs de anime às vezes criam um presente menos triste: alguns são adaptações tão ruins dos mangás que é melhor mentir dizendo que aquela série nunca existiu. Hoje, Splash reúne uma lista com 6 animes que os fãs prefeririam que nunca tivessem aparecido.
"The Promised Neverland" (2ª temporada)
A primeira temporada de "The Promised Neverland" foi aclamada pelos fãs, adaptando com qualidade o primeiro arco do mangá homônimo. Quando anunciaram a segunda temporada, houve a divulgação de que o roteirista Kaiu Shirai estava envolvido com a produção para algumas alterações, o que deixou as pessoas curiosas. O resultado desta convocação acabou sendo terrível: os 15 volumes encadernados seriam resumidos em apenas 11 episódios.
A receita dessa mágica de roteiro foi eliminar arcos inteiros, deletar personagens importantes e amenizar tudo. Armas? Violência? Essas coisas não existem mais em "The Promised Neverland"! O estúdio conseguiu estragar até o final satisfatório da história original. Um desastre tão grande que os fãs brincam que o anime foi cancelado na primeira temporada, uma mentira mais gentil com o público.
"Junji Ito Collection"
Por mais que Junji Ito seja um fenômeno mundial, aclamado até mesmo em eventos como a CCXP, o coitado não tem muita sorte quando se trata de animes. Toda vez que tentam adaptar alguma de suas obras para o formato de animação o resultado fica aquém do esperado.
"Junji Ito Collection" foi a mais recente tentativa de adaptar contos do autor e o resultado é triste. Falta às histórias aquele clima de terror e mistério impressas pelo autor nas histórias em quadrinhos. Mas os fãs ainda acreditam que a próxima tentativa será a que vale, pois há expectativa para o anime de "Uzumaki".
"Berserk" (2016)
Kentaro Miura é um dos grandes autores dos quadrinhos japoneses e seu mangá "Berserk" é idolatrado no mundo todo, mas os animes da obra são um caso à parte. A primeira adaptação feita em 1997 é até bem competente, ainda que tenha os problemas típicos das obras da época. Já os filmes de 2012 tentam seguir um estilo mais fiel e os fãs até gostam... mas a série de 2016 é aquele climão que todos preferem esquecer.
O grande pecado da Liden Films (estúdio responsável pela produção esse anime) foi decidir fazer o projeto em uma computação gráfica feinha. A qualidade do CGI é risível e cenas com movimentos estranhos rendem memes até hoje. Há até quem acredite que boa parte da má vontade dos otakus com animações em 3D veio do péssimo trabalho realizado por esse anime.
"Lucifer and the Biscuit Hammer"
Conhecido como "Lúcifer e o Martelo" no Brasil, esse anime baseado na cultuada obra de Satoshi Mizukami também não teve sorte. Para começar, o estúdio que produziu a animação é o NAZ, cujo currículo de animes é repleto das obras mais desconhecidas que já saíram no Japão. Para se ter uma ideia da falta de relevância do estúdio, o outro grande anime deles é a série "Thermae Romae Novae", aquele reboot fraquinho da série sobre banhos termais.
O anime de "Lucifer and Biscuit Hammer" também sofreu com a direção pouco inspirada de Nobuaki Nakanishi, profissional com pouquíssimas obras dirigidas até então. O resultado foi um anime que os fãs da obra preferem esquecer e que os demais curtem fazer piada com a qualidade da animação aquém do esperado.
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Quero receber"Fruits Basket" (2001)
O primeiro anime de "Fruits Basket" não foi mal recebido em sua exibição original, obteve até um sucesso considerável, mas os fãs começaram a ver a obra com outros olhos após descobrirem toda a confusão de bastidores entre o estúdio Deen e a autora Natsuki Takaya.
Takaya teve muitas diferenças criativas com o diretor Akitaro Daichi, e discordaram em várias etapas criativas. Como resultado, a autora detestou o anime e rejeitou propostas de adaptações futuras. Somente em 2019 "Fruits Basket" ganhou uma nova chance, dessa vez cobrindo todos os 23 volumes e com uma equipe de produção diferente (uma exigência de Takaya).
"The Flowers of Evil"
Aqui temos um caso diferente do resto da lista. Não se trata de uma adaptação ruim, e sim uma decisão de adaptação que causou estranheza aos fãs. O diretor Hiroshi Nagahama (de "Mushihi") pegou um quadrinho bastante elogiado e mudou radicalmente o estilo de arte. Em vez de seguir um traço próximo ao autor, o diretor usou rotoscopia para criar um anime único.
A decisão fez com que boa parte dos fãs declarasse essa como uma péssima adaptação, quando na verdade é só outro olhar sobre uma obra já conhecida. Por sorte, o tempo passou e mais pessoas estão vendo "The Flowers of Evil" com um olhar menos preconceituoso e curtindo essa releitura da obra.
"One-Punch Man" (2ª temporada)
Assim como "The Promised Neverland", aqui temos um caso de anime muito bem-sucedido na primeira temporada que não conseguiu manter a qualidade em uma nova leva de episódios. Mas, no caso de "One-Punch Man", a explicação está ligada à troca de estúdio e de equipe criativa.
Saiu a competente Madhouse (de "Frieren e a Jornada para o Além") e entrou a J.C.Staff (de "Edens Zero"). Por mais que o novo estúdio tenha profissionais de muita qualidade, não conseguiram chegar nem perto do que encantou os fãs na primeira temporada. E o "castigo" continuará, pois o segundo estúdio está confirmado na terceira temporada que vem por aí.
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