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OPINIÃO

Veteranos do Blink-182 trazem para 2024 energia punk-pop dos anos 1990

Tom DeLonge, do Blink-182, no Lollapalooza Brasil 2024 Imagem: Mariana Pekin/UOL

Thiago Ney

Colaboração para Splash, em São Paulo

22/03/2024 23h06

Com o céu aberto, sem a chuva que caiu à tarde e no começo da noite no autódromo de Interlagos, o Blink-182 fechou o primeiro dia do Lollapalooza com um show em que trouxe para 2024 a energia punk-pop que fez a banda estourar mundialmente nos anos 1990.

O trio Mark Hoppus (baixista e vocalista), Tom DeLonge (guitarrista e vocalista) e Travis Barker (baterista) subiu ao palco sob a sinfonia "Assim Falou Zarathustra", que entrou para o imaginário pop com o filme "2001 Uma Odisseia no Espaço".

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Mark Hoppus, do Blink-182, no Lollapalooza Brasil 2024 Imagem: Mariana Pekin/UOL

Abriram com "Anthem, Part Two" e emendaram em "The Rock Show". O show estava quente, rápido, a energia lá em cima. Pareciam garotos tocando em um clubinho, e não roqueiros já cinquentões.

"Wendy Clear" estava especialmente limpa, com o vocal de Hoppus nítido e bem alto. Em "Feeling This", enquando Hoppus cantava "Place your hand in mine, I'll leave when I wanna", a garoa voltou a Interlagos.

Travis Barker, do Blink-182, no Lollapalooza Brasil 2024 Imagem: Mariana Pekin/UOL

"Violence" foi bem recebida, e Hoppus pela primeira vez deu um tempo no som para falar com o público. Para o Blink-182, não havia tempo a perder, eles pareciam estar compensando o cancelamento no Lolla de 2023.

O show teve, ainda bem, faixas de praticamente todas as fases da banda, como "Up All Night", de 2011, ou "Reckless Abandon", de 2001 (introduzida após uma pequena brincadeira com a mãe de Hoppus).

"Blink 182 é melhor do que os Beatles. Quem são os Beatles", brincou Hoppus, a certa altura, antes de "Dumpweed".

A banda brinca, mas joga pesado, como em "More Than You Know", que animou quando a chuva apertou.

"Dance With Me" nos lembrou que, em meio a um riff forte de guitarra, o Blink 182 também sabe fazerr um certo groove.

"É hora de uma música triste, uma música emo", anuncia Hoppus antes de "Stay Together for the Kids". Logo em seguida, um uma descanso no peso com a "lenta" "Down".

Foi um momento em que percebemos que uma banda que cresceu com um irônico espírito adolescente soube amadurecer.

Travis Barker e Mark Hoppus, do Blink-182, no Lollapalooza Brasil 2024 Imagem: Mariana Pekin/UOL

Quando cantam "Life is too short to last long" (a vida é muito curta pra durar muito"), de "Bored to Death", mostram que não querem escrever letras densas, mas foi a simplicidade que fez com que chegassem à posição de headliner de festival. Tá valendo. Tanto que "Miss You", logo em seguida, é cantada por boa parte dos fãs.

"Espero que a gente tenha valido a espera", eles dizem. Aparentemente, sim, como mostrou o casal ao me lado que quase caiu na lama depois de pular em "Whats My Age Again?".

"All the Small Things", principal hit da banda, apareceu ao final. É, curiosamente, um dos momentos menos pesados do show. Mas o público canta.

"Damnit" finaliza a apresentação antes do bis, com a balada sensível "One More Time". Foi um encerramento bonito, de um show que até fez esquecer a decepção pelo cancelamento do ano passado.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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