OPINIÃO
King Gizzard & the Lizard Wizard leva Lollapalooza a uma viagem lisérgica
Claudia Assef
Colaboração para Splash, em São Paulo
23/03/2024 22h51
King Gizzard & the Lizard Wizard trouxe a aura do hard rock setentista pro palco Alternativo do Lolla. Muita distorção nos vocais, bateria à la Keith Moon (The Who), riffs de guitarra emulando Black Sabbath, sintetizadores conversando com o Pink Floyd da fase inicial de Syd Barret, som quente e valvulado feito por seis caras brancos que nem eram projeto quando essas referências todas estavam no auge
A banda formada em Victoria na Austrália em 2010 fez o público bater cabeça. Uniu os fãs de headbang e rock psicodélico com uma performance cheia de vigor e pedais com vocais principais se alternando entre três dos integrantes que cantam.
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A vibe analógica do show vai da timbragem aos instrumentos, passando pelas imagens no telão e até pelo visual dos integrantes da banda.
A potência do som, cabeçudo, sim, mas nunca chato, convidou a plateia a "tocar" seus próprios instrumentos imaginários, com muitos air guitars e air drums espalhados pelo gramado. Um clima de paz, amor e psicodelia transformou o Lolla em Monterey Pop Festival nesse pedacinho do autódromo de Interlagos mais alternas por pelo menos uma hora.
Músicas longas, narrativas que começam trazendo The Doors para a cena, dialogam com Grateful Dead e cospem um Deep Purple da fase do disco "Made in Japan". Um presente para os fãs de rock setentista
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL