OpiniãoLollapalooza

King Gizzard & the Lizard Wizard leva Lollapalooza a uma viagem lisérgica

King Gizzard & the Lizard Wizard trouxe a aura do hard rock setentista pro palco Alternativo do Lolla. Muita distorção nos vocais, bateria à la Keith Moon (The Who), riffs de guitarra emulando Black Sabbath, sintetizadores conversando com o Pink Floyd da fase inicial de Syd Barret, som quente e valvulado feito por seis caras brancos que nem eram projeto quando essas referências todas estavam no auge

A banda formada em Victoria na Austrália em 2010 fez o público bater cabeça. Uniu os fãs de headbang e rock psicodélico com uma performance cheia de vigor e pedais com vocais principais se alternando entre três dos integrantes que cantam.

Lollapalooza 2024: King Gizzard & the Lizard Wizard
Lollapalooza 2024: King Gizzard & the Lizard Wizard Imagem: Mariana Pekin/UOL

A vibe analógica do show vai da timbragem aos instrumentos, passando pelas imagens no telão e até pelo visual dos integrantes da banda.

King Gizzard & the Lizard Wizard no Lollapalooza Brasil 2024
King Gizzard & the Lizard Wizard no Lollapalooza Brasil 2024 Imagem: Mariana Pekin/UOL

A potência do som, cabeçudo, sim, mas nunca chato, convidou a plateia a "tocar" seus próprios instrumentos imaginários, com muitos air guitars e air drums espalhados pelo gramado. Um clima de paz, amor e psicodelia transformou o Lolla em Monterey Pop Festival nesse pedacinho do autódromo de Interlagos mais alternas por pelo menos uma hora.

Músicas longas, narrativas que começam trazendo The Doors para a cena, dialogam com Grateful Dead e cospem um Deep Purple da fase do disco "Made in Japan". Um presente para os fãs de rock setentista

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Deixe seu comentário

Só para assinantes