OPINIÃO
À vontade, Gilberto Gil toca coração de diferentes gerações no Lollapalooza
Thiago Ney
Colaboração para Splash, em São Paulo
24/03/2024 18h57
Nome dos mais reverenciados da música popular brasileira, Gilberto Gil estava bem à vontade no Lollapalooza, em um domingo com apresentações de nomes como TZ da Coronel, Hungria, Dayglow, Sam Smith, SZA e Greta Van Fleet, entre outros. Aos 81 anos, o autor de "Refazenda" subiu ao palco já com o jogo ganho.
Entre o público que se aglomerou em frente ao palco Samsung Galaxy havia pós-adolescentes, adultos maduros e gente com a idade mais próxima da de Gil do que da Gen Z. Tinha de tudo. E todo mundo parecia estar ali para presenciar a apresentação de um ídolo.
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Com o cenário favorável, Gil deitou e rolou. Ele tem repertório para tocar por horas seguidas, e com um set de apenas 60 minutos, pode escolher faixas com a cara de festival pop.
Desfilou canções que fazem parte do imaginário pop, como "Punk da Periferia", que abriu o show. Não havia punks neste Lolla, Gil nunca foi punk, não importa: nos primeiros acordes, o povo correu para perto do palco.
O público cantava junto, como em "Vamos Fugir". E dançava em momentos como o de "Realce".
"Não Chore Mais" caiu especificamente bem no final da tarde em Interlagos. Os hits se sucediam: "Aquele Abraço", "Andar com Fé", "Palco". O encerramento veio com "Tempo Rei" e "Toda Menina Baiana".
Com décadas de experiência, o baiano sabe colocar o público nas mãos, seja num show próprio, seja num grande festival pop.
Os longos aplausos ao final do show mostraram que Gilberto Gil toca o coração de diferentes gerações.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL