Phoenix toca fogo no parquinho logo nos primeiros acordes do show no Lolla
Phoenix começou já com hit. "Lisztomania" já tocou fogo no parquinho do palco da cerveja logo nos primeiros acordes. Projeções de Versailles ajudavam a contar de onde a banda vem, não só da França, mas de uma aristocracia francesa.
A banda tem a fofura do The Cure, viradas bruscas de um Mogwai, a vibe de rock cabeça do Talking Heads e a voz sedutora de Thomas Mars. É sempre bom lembrar que essa vibe chique vem mesmo de Versailles, cidade francesa que também ficou conhecida por dar nome ao castelo onde viveu a realiza até que a Revolução Francesa veio e levou as atenções de volta a Paris.
Formada por Mars e três amigos de Versalhes, o Phoenix se juntou no final dos anos 1990, mas foi apenas com o terceiro álbum, "Wolfgang Amadeus", que finalmente seu som foi absorvido e vieram hits como "Lisztomabia" e "1901".
Foi aí que a França atropelou NY em matéria de quem é mais cool na cena indie, e o Phoennix puxou o país para o front dessa cena — lembrando que a França vinha de um hype musical muito mais eletrônico, com duplas como Justice, Daft Punk, Cassius etc. no comando dos charts.
No mundo da fofoca, Thomas Mars é tratado como "marido da Sofia Coppola", diretora de filmes estrelada, com quem Mars é casado há 13 anos.
"Vcs tiveram 20 abos pra aprender essa letra, mas ver se vcs ainda conhecem", disse Mars, antes de começar "If I Ever Feel Better", um dos hits que aproximaram a banda do universo das pistas de dança — das mais indies.
Desde o Phoenix, a França ganhou moral no indie rock, e, em pouco mais de 20 anos, a banda segue fazendo música boa, criativa e espalhando seu "french touch" pelo mundo.
Em "Trying to Be Cool", umas das últimas músicas do show, Mars canta sobre tentar ser cool. Ele conseguiu. E ainda terminou com "1901".
Antes de ir embora, foi agradecer pessoalmente aos fãs e protagonizou um surfe sobre as pessoas, sendo passado de mão em mão até o meio da pista. Um gesto de confiança mútuo entre artista e fãs. Foi lindo de ver.
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