Como Eu Era Antes de Você: conheça as histórias reais que inspiraram filme
Protagonizado por Sam Claflin e Emilia Clarke, o filme 'Como Eu Era Antes de Você' promete arrancar lágrimas do público da 'Sessão da Tarde' nesta segunda-feira (25). Inspirada no livro de mesmo nome, a história foi baseada em casos reais.
Sobre o filme
O rico e bem sucedido Will (Sam Claflin) leva uma vida repleta de conquistas, viagens e esportes radicais até ser atingido por uma moto. O acidente o torna tetraplégico, obrigando-o a permanecer em uma cadeira de rodas. A situação o torna depressivo e extremamente cínico, para a preocupação de seus pais (Janet McTeer e Charles Dance).
É neste contexto que Louisa Clark (Emilia Clarke) é contratada para cuidar de Will. De origem modesta, com dificuldades financeiras e sem grandes aspirações na vida, ela faz o possível para melhorar o estado de espírito de Will e, aos poucos, acaba se envolvendo com ele.
A inspiração
Jojo Moyes, escritora do livro 'Como Eu Era Antes de Você', partiu de experiências pessoais que ela mesma enfrentava. Dois parentes da autora necessitavam de cuidados de saúde 24 horas por dia.
Acho que se você convive com essa situação diariamente, não pode deixar de se perguntar sobre qualidade de vida. Mesmo com tudo que fazemos pelas pessoas por causa dos avanços da medicina,não necessariamente oferecemos essa qualidade de vida. Então, acho que todas essas questões estavam em minha mente quando o escrevi, Jojo Moyes, em entrevista para a People.
Além disso, a autora ficou muito tocada pela história de um jovem jogador de rugby que ficou tetraplégico após um acidente. A situação aconteceu na Inglaterra na mesma época em que a família de Moyes cuidava dos parentes debilitados.
Vários anos depois do acidente, ele convenceu seus pais a levá-lo para acabar com sua vida. Ele se preocupava muito com seu corpo desde os três anos de idade, tudo o que ele queria fazer era praticar esportes. Fiquei tão chocada com a história dele porque, como pai, não conseguia entender como você concordaria em levar seu próprio filho para acabar com a vida dele. Eu provavelmente também fui bastante crítica
A escritora entrou de cabeça no caso e refletia principalmente sobre a situação em que os pais do jovem estavam. Assim como o personagem William Traynor, o rapaz também vivia uma forte depressão, se afastando cada vez mais dos familiares.
Não é só uma questão de estar numa cadeira, é uma série constante de intervenções e indignidades e problemas de saúde, comecei a pensar 'Como seria se alguém que você ama tomasse essa decisão?' 'Como seria se você fosse alguém que tomasse essa decisão?', Jojo Moyes.
Todos nós gostaríamos de pensar que seríamos como [o ator] Christopher Reeve. Não tenho certeza se faria isso. Acho que ficaria amarga, zangada e com inveja das pessoas que ainda usam seus corpos, então essa história não saía da minha cabeça e foi daí que veio, foi a exploração [da história] de uma pessoa comum em uma situação extraordinária
E assim como o público, a autora se emocionou bastante ao escrever a história do livro. "Eu tenho que sentir isso. Se eu não chorar enquanto escrevo essas cenas, você não chorará", disse.
As lágrimas deveriam vir quando você escreve algo triste. Minha família meio que se acostumou com isso. Ocasionalmente, eles abrem a porta do meu escritório quando me veem soluçando de tanto chorar enquanto digito, eu digo: 'Estou tendo um dia muito bom para escrever!'
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