Sex symbol 'boicotada': quem é Clara Bow, atriz que inspirou Taylor Swift?
Taylor Swift lançou hoje seu 11° álbum, "The Tortured Poets Department". Uma das músicas da produção, "Clara Bow", chamou atenção por ter o nome inspirado em uma pessoa real. O termo está entre as principais pesquisas no Brasil nesta sexta, segundo o Google Trends.
A inspiração pode estar relacionada ao fato de Bow ter sofrido uma imensa pressão midiática devido à sua fama, assim como o que Swift enfrentou durante anos e fala sobre em seu álbum "Reputation" (2017).
Quem foi Clara Bow
Clara Bow ficou conhecida como a primeira "it-girl" de Hollywood. Nascida em 1905 nos Estados Unidos, ela conquistou o título devido ao sucesso como atriz em uma idade tão nova, nos anos 1920 e 1930.
Infância difícil. A família enfrentava problemas financeiros, e sua mãe desenvolveu uma séria psicose após cair da janela de sua casa ao ter um ataque epiléptico. Em uma de suas crises, a Sra. Bow colocou uma faca no pescoço da filha enquanto ela dormia e foi mandada a um hospital psiquiátrico.
Sonho de ser atriz. Clara era fortemente desencorajada a seguir a carreira pela mãe, que dizia preferir ter a filha morta a vê-la no cinema.
Sucesso após vencer concurso. Ela foi notada por agentes de cinema e conquistou seu primeiro papel em um longa do diretor Elmer Clifton. Após o filme, ela recebeu a oferta de deixar Nova York e se mudar para Hollywood.
Sex symbol. Clara se tornou um símbolo rapidamente, ao conquistar oito papeis em filmes. "Mulheres queriam ser ela, e homens queriam estar com ela. Ela tinha um calor e uma vulnerabilidade que agradavam a todos", afirmou David Stenn, autor do livro "Clara Bow: Runnin' Wild" (1988), à BBC.
Pressão social. Bow se casou cinco vezes em quatro anos, tentando se encaixar na sociedade. Por isso, seus "escândalos sexuais" e sua "promiscuidade" ganharam mais notoriedade do que seu trabalho como atriz. Ela passou a ser vista como alguém que não criava laços afetivos e usava homens apenas para transar sem compromisso.
Boicote. Os estúdios de cinema pararam de oferecer papéis a ela, e a artista foi caindo no esquecimento até sua morte, em 1965.