OPINIÃO
Taylor Swift serve melancolia sedutora em The Tortured Poets Department
Provando que é a inimiga número um do descanso, Taylor Swift lançou nesta sexta, 19, "The Tortured Poets Department", seu mais novo álbum, com colaborações que vão desde Florence + The Machine até o rapper Post Malone.
Se, ao longo do ano passado, Swift arrastou multidões até os estádios de diversos países com a disputadíssima "The Eras Tour", que explora sua discografia repleta de hits, este novo álbum chega como um resultado diretamente ligado a todo essa experiência.
Nas redes sociais, Taylor explicou parte do conceito por trás do lançamento, um álbum duplo, com 31 faixas, dividido em duas versões "The Tortured Poets Department", com 16 músicas, e "The Tortured Poets Department: The Anthology", com outras 15 canções adicionais.
Eu escrevi tantas poesias torturadas nos últimos dois anos e queria compartilhar tudo com vocês, então aqui está a segunda parte do TTPD: The Anthology. 15 músicas extras. E agora a história não é mais minha... é toda sua. Taylor
Parcerias e Referências
Ao dar play em "The Tortured Poets Department", não demora muito para perceber como Taylor sutilmente usa referências da vulnerabilidade de Folklore, nuances de suas raizes no country e o pop mágico que ela domina tão bem em Midnights.
Partindo de um ponto de vista ainda mais particular, arrisco dizer que Lana Del Rey, com quem Taylor já colaborou no passado, também foi uma referência neste projeto. Faixas como "Who's Afraid of Little Old Me?", "Fortnight" e The "Alchemy" automaticamente me levaram direto pra melancolia sedutora que é marca registrada de Lana, mas muito bem aproveitada por Taylor.
Por mais que a versatilidade não seja uma novidade para Taylor, também acredito que se faz necessário um destaque especial para a faixa "Florida", feat com Florence + The Machine, na qual construiu uma parceria equilibrada em que ambas as artistas conseguiram manter sua essência sem comprometer a identidade.
Por fim, "The Tortured Poets Department" nos coloca diante de uma versão mais profunda, refinada e completa da artista e comprova o motivo de ela mexer com tantas pessoas.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL