Bon Jovi resiste a se unir a Sambora: 'Preciso cuidar da saúde primeiro'
No auge de seus 62 anos, Jon Bon Jovi continua com o mesmo charme de sempre. Os cabelos grisalhos apenas relembram que o tempo passa para todos. Em entrevista a Splash em um hotel requintado de Londres, o cantor fala com paixão sobre o aniversário de 40 anos da banda Bon Jovi, celebrado em 2024, relembrando momentos que marcaram sua trajetória.
No entanto, ele também mostra seu lado mais vulnerável, abordando seus problemas vocais, que culminaram com uma cirurgia delicada de "medialização" em 2022, como poderá ser visto na nova série documental "Thank you, Goodnight: A História de Bon Jovi", que estreia na Star+ nesta sexta-feira (26).
O documentário foi gravado tanto um ano quanto dois anos atrás, então estou bem no caminho daquela recuperação. Não estou pronto para agendar um show ou turnê ainda, mas atrevo-me a dizer que estou muito próximo de 90% neste momento.
Jon Bon Jovi
Questionado sobre a contribuição do grupo para a história do rock, o músico reflete: "Nos enche de orgulho apenas sentir que você faz parte de algo com o qual você se importou tanto. Não sei onde fica um lugar no panteão do rock 'n' roll, mas estamos no mercado há muito tempo e nosso catálogo se destaca. Então fico feliz em saber que temos muitos amigos no Brasil, assim como temos em Nova Jersey. Mas nos esforçamos bastante e trabalhamos pra isso, sempre para dar a vocês o melhor que podemos."
E por falar em Brasil, o que ele acha dos fãs brasileiros?
Vocês são malucos. (risos) Malucos. Estava dizendo a alguém apenas um momento atrás, se alguém do Brasil vem até mim, eles não dizem: 'Oi, meu nome é João.' Eles dizem: 'Eu sou do Brasil.' E é algo como, eu quase digo: 'Não brinca.' (risos) Porque vocês são ótimos, exuberantes, orgulhosos e apaixonados pela música da banda, mas também esse tipo de amor pela vida que recebo da maioria dos brasileiros que já conheci. Vocês são simplesmente empolgados. Vocês são apenas, não sei, emanam a felicidade."
Na série documental, Jon ainda pondera o fato de, após completar 60 anos em 2022, era tudo sobre se tornar o homem que ele sempre quis ser. Dois anos depois, teria ele se tornado esse homem?
"É um trabalho em progresso, mas não estou me arrependendo de muitas das coisas que aconteceram", revela. "Cada obstáculo que apareceu no caminho fez parte da jornada. E até as coisas que te tiraram muito do caminho que você esperava, eu tenho poucos ou nenhum arrependimento. É lamentável algumas das coisas que aconteceram, mas estou aqui para falar sobre elas."
Ainda no primeiro episódio do documentário, Jon diz que está cansado e que, talvez, se arrependesse de dar a entrevista. "Não me arrependi. Estou muito orgulhoso do resultado. Acho realmente que o documentário capturou a verdade de todo mundo, e conta uma grande história de um monte de homens que me seguiram ao longo do caminho e nos levou até onde estamos hoje", enfatiza.
Dividido em quatro partes e com direção de Gotham Chopra ("Man in the Arena: Tom Brady", "Simone vs Herself"), "Thank you, Goodnight: A História de Bon Jovi" também conta com a participação do guitarrista Richie Sambora, que deixou a banda em 2013 e revelou recentemente que 2024 seria o momento ideal para uma reunião com seus ex-companheiros.
"Vamos cuidar da minha saúde primeiro. É legal da parte dele pensar que gostaria de voltar e se apresentar em algum lugar conosco. Lidaremos com isso quando chegarmos a isso. Ele deixou a banda há onze anos, passou muito tempo", explica Jon, que se prepara para lançar o décimo sexto álbum de estúdio do grupo, "Forever", no dia 7 de junho, pela Universal.
Questionado se os fãs brasileiros podem esperar por um show no Brasil, Jon garante que sim: "Se eu não levasse [a turnê ao Brasil], posso apenas imaginar 100 mil brasileiros que apareceriam na minha casa para me carregar até lá (risos). 'Vamos, estamos indo de volta ao Brasil. '[Eu diria] 'Ok, sim.'"
A última vez que o grupo se apresentou no país foi em 2019, no festival Rock in Rio.
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