'Não existe racismo reverso', diz Felippo após filha ser alvo de racismo
De Splash, em São Paulo
28/04/2024 14h23Atualizada em 29/04/2024 18h49
Samara Felippo, 45, se pronunciou após sua filha Alicia, 14, ser alvo de racismo na escola, como publicado pela revista Veja.
"Que fique bem claro para quem vem dar apoio. Agradeço profundamente o carinho, mas crianças adolescentes brancos NÃO SOFREM RACISMO", escreveu a atriz no Instagram.
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"Podem ser, sim, excluídas, sofrerem bullying, entre outras violências, mas não existe racismo reverso", completou.
O que aconteceu
Alicia, filha mais velha de Samara e Leandrinho, 41, foi alvo de racismo no Vera Cruz, escola de alto padrão em que estuda em São Paulo. A informação é da Veja.
Splash tenta contato com Samara e com a escola e aguarda. O texto será atualizado assim que houver retorno.
Samara comunicou em um grupo de pais que, na segunda-feira (22), Alicia teve o caderno roubado, todas as páginas de uma pesquisa foram arrancadas, agressões racistas foram escritas e, por fim, o caderno foi para o Achados em Perdidos. A Veja teve acesso ao texto da atriz.
Ainda estou digerindo tudo e, talvez, nunca consiga. Cada vez que olho o caderno dela ou vejo ela debruçada sobre a mesa, refazendo cada página, dói na alma. Choro. É um choro muito doído. Mas agora estou chorando de indignação também. Texto de Samara enviado no grupo de pais
No comunicado, a atriz disse que a filha já era "excluída" na escola, e que os atos hostis vêm aumentando. "Não é um caso isolado, que isso fique bem claro".
Ela pede que as alunas sejam expulsas da escola. "Quero que todos saibam a gravidade da situação à qual minha filha foi submetida e que a escola insiste em ocultar, atos esses que estão causando danos irreparáveis para as nossas vidas! E quando digo 'nossa' é de todos nós mesmo, pois o racismo é um câncer na nossa sociedade e não podemos nos calar"
O colégio reconheceu a agressão e suspendeu as alunas responsáveis. A Veja também teve acesso ao comunicado da escola. "Imediatamente foram realizadas ações de acolhimento à aluna, de comunicação a todos os alunos da série, bem como a suas famílias", diz o texto.
As alunas foram suspensas por tempo indeterminado. "A suspensão se encerrará quando entendermos que concluímos nossas reflexões sobre sanções e reparações, que ainda seguimos fazendo — fato também comunicado a todas as famílias diretamente envolvidas".
Ressaltamos que outras medidas punitivas poderão ser tomadas, se assim julgarmos necessárias após nosso intenso debate educacional, considerando também o combate inequívoco ao racismo. A escola nunca havia tomado conhecimento de qualquer atitude racista de ambas as alunas. Ações de reparação ainda serão definidas.