Rafael Miguel: essa não é a 1ª vez que namorada sofre ataques após o crime
Isabela Tibcherani, que era namorada de Rafael Miguel quando o ator foi morto pelo pai dela em 2019, se pronunciou sobre os ataques que tem sofrido nesta semana.
Essa não é a primeira vez
Na época, Isabela foi atacada por se recusar a participar da reconstituição do crime. "Falei, sim, que não participaria da reconstituição. Foi o momento mais traumático da minha vida. Vocês estão atacando a pessoa errada! Eu não entendia de nada que envolve processos judiciais, só consegui pensar no quanto iria doer ter que reviver algo que fere tanto", contou nos stories em 2020.
Desde então, sofre ataques. "Tenho de ler coisas do tipo, 'enquanto você está aí vivendo, o Rafael e os pais dele estão mortos, por culpa sua', 'como você consegue ficar aí postando foto nas redes sociais depois de tudo que seu pai fez?', 'você provavelmente sabia e ainda deve ter ajudado'. Isso é muito triste", relatou em entrevista ao UOL dois anos após a morte de Rafael.
Ela trata depressão e desistiu de projetos para focar na saúde mental. "Tive projetos musicais sim, mas hoje me sinto desmotivada, meio sem propósito na área. Focando mais no meu acompanhamento psicológico, que é constante", contou na mesma entrevista.
Isabela soube da prisão do pai durante uma seletiva de emprego. "Foi uma situação péssima. Tive que contar chorando: 'você não deve saber, mas eu sou fulana de tal e eu vou deixar a seu critério se eu vou continuar o processo seletivo ou não'", relembrou em entrevista ao Vênus Podcast no ano passado.
Relembre o crime
Rafael Miguel e seus pais foram assassinados em junho de 2019, em São Paulo. O ator interpretou o personagem Paçoca na novela "Chiquititas", do SBT. Os três foram baleados após irem até a casa da namorada do ator de 22 anos, Isabela Tibcherani. O crime aconteceu na Estrada do Alvarenga, no bairro Pedreira, na zona sul da Capital.
O pai da namorada de Rafael, Paulo Cupertino Matias, teria sido o autor dos disparos. Ele era contra o namoro da filha e, segundo ela, tinha atitudes misóginas e abusivas: "Era uma pessoa machista, misógino. Se eu estivesse sentada assistindo à televisão, [ele dizia:] 'você não tem nada para fazer? Um chão para varrer? Uma casa para limpar?' Tinha que estar sempre fazendo trabalho doméstico, porque, para ele, era para isso que mulher servia", relembrou Isabela em entrevista ao podcast Vênus.
Cupertino foi preso em 2022. Nos quase três anos em que ficou foragido, ele passou por mais de 100 endereços até ser encontrado em um hotel da avenida Interlagos, na zona sul da capital paulista.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.