Beijo em Britney, briga com o Vaticano e etarismo: as polêmicas de Madonna

Madonna volta ao Brasil no dia 4 de maio para uma apresentação gratuita na Praia de Copacabana. Em 40 anos de carreira, a rainha do pop perturbou conservadores com letras polêmicas, figurinos ousados e posicionamentos controversos.

Briga com o Vaticano

O ousado disco "Like a Prayer" foi repudiado pelo Vaticano, e o Papa João Paulo II proibiu a artista de entrar na Itália. O álbum de sucesso também foi censurado no país.

O clipe de "Like a Prayer", com cruzes pegando fogo e a cantora beijando um santo negro, fez com que ela perdesse um patrocínio milionário da Pepsi para sua turnê. O acordo foi cancelado depois do lançamento do clipe da faixa-título, com cruzes pegando fogo e a cantora beijando um santo negro.

Relacionamento abusivo

A cantora viveu um casamento turbulento com Sean Penn, seu primeiro marido, com rumores de agressão. Penn atirou em helicópteros que tentavam filmar a cerimônia de casamento. Também chegou à mídia o rumor de que ele teria deixado a cantora amarrada em casa antes de sair para beber com os amigos. Madonna negou esse boato em 2015.

Polêmicas à parte, sua atração por Penn é reconhecida como o motor criativo do álbum "True Blue". Cinco canções do disco frequentaram o topo das paradas: "True Blue", "Live to Tell", "Papa Don't Preach", "La Isla Bonita" e "Open Your Heart".

Voyeurismo

Em 1992, Madonna começou sua era mais sexual com o lançamento do álbum "Erotica" e do livro de mesa "Sex", com imagens explícitas de fantasias voyeurísticas da cantora. A obra mostra Madonna nua, se masturbando e praticando atos sexuais com homens e mulheres.

A cantora também quase foi presa na passagem da turnê "Blonde Ambition" pelo Canadá, quando simulou o ato de masturbação no palco. No Brasil, em 1993, sua passagem lotou estádio e passou sem grandes polêmicas. Em Porto Rico, porém, Madonna esfregou a bandeira do país entre as pernas, causando rebuliço.

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Comunidade LGBTQIA+

Madonna é considerada um ícone da comunidade LGBTQIA+ por sua defesa da diversidade. A cantora é reconhecida por ser a primeira artista a expor ao grande público temas explicitamente ligados à comunidade gay, além de ter sido uma das primeiras a educar o público sobre a AIDS em uma época em que os soropositivos eram estigmatizados.

Em 2003, Madonna beijou Britney Spears e Christina Aguilera no palco do prêmio VMA. A cena emblemática levou os fãs de pop à loucura e fez história na premiação.

Em outubro de 2022, a cantora publicou e apagou um vídeo sugerindo ser gay, além de ter aparecido trocando beijos com a rapper Tokischa em algumas ocasiões. Com isso, Madonna foi criticada e acusada de queerbaiting — uma técnica de marketing que sugere um romance LGBTQIA+ entre pessoas que não são representativas da sigla.

Contra o patriarcado

A cantora pediu "morte ao patriarcado" e disse ter se sentido "estuprada" por uma reportagem do jornal The New York Times. Madonna se incomodou com a ênfase da matéria à sua idade em vez de seu novo momento artístico e acusou a publicação de etarismo. Ela disse que tinha permissão para fazer a analogia ao estupro porque teria sido estuprada aos 19 anos.

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Ela também participou da Marcha das Mulheres contra Donald Trump e convidou os presentes a se rebelarem e recusarem a tirania de Trump no poder. Com isso, a cantora sofreu críticas dos republicanos e teve suas faixas censuradas em rádios.

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