Influencer visita casa de Anne Frank e diz que ela 'viveu melhor que nós'
A influenciadora chilena Naya Fácil, 26, foi criticada após visitar a casa em que Anne Frank morou e dizer que a vítima do Holocausto "viveu melhor que nós".
O que aconteceu
Naya visitou a casa em que Anne Frank morou escondida por dois anos com a família, em Amsterdam, na Holanda. No vídeo compartilhado em seu perfil no Instagram com 2,4 milhões de seguidores, a chilena exibiu a fachada do imóvel, que foi transformado em um museu, e disse ter ficado chocada.
"Estou chocada com a casa de Anne Frank. Ela tinha metade do lugar só para ela. Ela viveu melhor do que nós", disse Fácil, que comparou o imóvel com outras casas vizinhas.
Fácil foi criticada nas redes sociais pela forma como abordou o assunto, em tom arrogante, mas também por divulgar desinformação. Ao contrário do que foi dito pela influenciadora, Anne e sua família não ocuparam a totalidade do espaço, mas viveram escondidos por dois anos na parte de trás do prédio, até que foram capturados pela Gestapo, a polícia nazista alemã, em 1944.
Naya Fácil: "Estoy en shock con la casa de Ana Frank, se gastaba la media casa, vivía mejor que nosotros" pic.twitter.com/Jr4dLj3kus
-- Rodrigo Saavedra 1️⃣🌳🧜🏻♂️🏳️🌈 (@R_SaavedraM) May 3, 2024
Museu Judaico do Chile se manifestou. Em postagem no Instagram, a instituição postou imagens da casa no período em que Anne viveu no local e acusou Naya de espalhar fake news sobre Anne Frank de forma "leviana".
Naya Fácil se retratou. A influenciadora pediu desculpas, mas disse que, em vez de criticá-la, teria sido "melhor" educá-la ou explicar por que ela postou desinformação. "Sinto muito por Anne Franke, mas gente... em vez de me criticar e julgar, seria melhor me educar ou explicar".
Anne Frank e sua família residiam em Amsterdam, no período em que a Holanda estava sob o domínio dos nazistas, em 1944. Eles foram capturados e levados para Auschwitz. Posteriormente, Anne foi enviada para Bergen-Belsen e morreu em fevereiro de 1945.
Familiares mortos. Além de Anne, também morreram nas mãos dos nazistas a mãe, Edith, e a irmã, Margot. O pai dela, Otto, foi o único sobrevivente. Foi ele que publicou o livro mundialmente conhecido como O Diário de Anne Frank, que traz um dos principais relatos sobre os horrores do nazismo e da Segunda Guerra Mundial.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.