Com caminhão de hits dançantes, grupo Gipsy Kings inicia turnê pelo Brasil
Seis anos depois de um concorrido show em São Paulo, o Gipsy King está de volta aogrup Brasil. O grupo francês que segue divulgando pelo mundo a rumba flamenca fará apresentações em Ribeirão Preto, nesta quinta (16), e em Brasília (17). Sob a liderança de Diego Baliardo, a banda sabe que as plateias esperam por um caminhão de hits dançantes, principalmente de seu terceiro álbum e mais bem-sucedido, lançado em 1988.
"Gipsy Kings", o disco, foi o primeiro de canções em língua espanhola a passar mais de 40 semanas na parada dos mais vendidos nos Estados Unidos. Em entrevista a Splash, Baliardo comentou sobre a influência do Gipsy Kings no atual momento do mercado fonográfico americano, que apresenta uma grande fatia de música latina cantada em espanhol.
"O Gipsy Kings estava adiante de seu tempo, tenho certeza disso. Fomos os pioneiros em levar a música de nosso idioma ao grande público americano", disse o músico, com orgulho. Nada mal para um grupo que começou se reunindo para animar uma festa promovida na casa da moradora mais famosa de Saint-Tropez em 1978, a musa francesa Brigitte Bardot.
Embaixadores da cultura cigana pelo planeta, os integrantes do grupo carregam a herança musical de seus pais e avós. Com eles aprenderam a entreter com as guitarras, como diz Baliardo. Ele não hesita ao listar os grandes sucessos que as plateias consideram obrigatórios quando a banda sobe ao palco: "Bamboleo", "Djobi Djoba", "A Mi Manera (My Way)", "Vamos a Bailar" e tantos outros.
Além de uma dúzia de álbuns gravados com material original, o grupo também se notabilizou por escolher algumas canções de outros artistas, recriando covers que acrescentam a batida da guitarra cigana.
No show paulistano de 2018, que lotou o então Espaço das Américas, hoje chamado Espaço Unimed, eles levantaram o público com duas versões matadoras: "Hotel California", da banda americana de rock Eagles, e "Nel Blu, Dipinto di Blu", do cantor italiano Domenico Modugno.
Para falar sobre a força dos covers na carreira do Gipsy Kings, Baliardo resgata outra canção de Modugno que a banda inseriu definitivamente em seu repertório.
Em alguns lugares, nossa versão de 'Volare' é mais conhecida que a original italiana. Quando escolhemos uma música para recriar, sempre queremos transformá-la em algo ainda mais emocionante, e em uma canção que consiga ressaltar nosso estilo único. Diego Baliardo, do Gipsy Kings
Com mais de 40 anos de carreira, o líder da banda afirma que vê uma mistura de gerações nas plateias de seus shows. Ele destaca que muitos jovens têm interesse nesse som cigano, mas não consegue apontar nenhuma banda nova que esteja seguindo o legado do Gipsy Kings.
Não podemos ser modestos, é difícil você pegar a nossa música e conseguir fazer algo mais relevante dentro desse formato. Nós definimos esse tipo de som.
Baliardo e seus parceiros lançaram no ano passado o álbum "Renaissance", apontado pela crítica como um momento revigorado do som da banda.
Eles provavelmente devem incluir nas apresentações no Brasil alguma coisa desse disco mais recente. Com certeza "Peregrino", que já entrou para a sua galeria de hits, e talvez, "Chica del Sol", outra que agradou novos e velhos fãs.
É certo que serão duas noites dançantes, com canções que vão tocar a memória afetiva dos admiradores mais maduros do grupo. Em Ribeirão Preto, o show está programado para o Multiplan Hall, dentro do Ribeirão shopping. Em Brasília, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
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