Maria Fernanda Cândido usa instinto e 'certa ousadia' para escolher papéis
Maria Fernanda Cândido, 49, conta com diferentes papéis em sua carreira. Só em 2024, ela dá vida a dois personagens: G.H. em "A Paixão Segundo G.H." e Antoinette Léfèvre em "Vermelho Monet", dois diferentes filmes brasileiros. Em 2022, a atriz viveu algo bastante distinto: esteve em "Animais Fantásticos 3", uma produção de US$ 200 milhões — uma realidade que diverge do cenário do cinema no Brasil.
Em entrevista a Splash, Cândido diz usar a sua intuição para escolher quais personagens merecem sua atenção. "Além das escolhas, há uma certa ousadia em apostar em projetos diferentes e em seguir a sua própria intuição".
Seu coração tem que te chamar, ter uma paixão por aquele filme, aquela personagem e aquele projeto. Se gera essa paixão, ele te mobiliza e você vai em direção a ele. A gente precisa ter essa ousadia de seguir esse instinto.
Maria Fernanda Cândido, em entrevista a Splash
A atriz acredita que a escolha de personagens não é apenas uma análise racional. "É claro que penso, mas não pode ser apenas assim, tenho que usar esse instinto que me move. Quando sinto dentro de mim, eu sei que é um fortíssimo sinal de que devo seguir naquela direção."
Talvez quem está de fora pense: 'Nossa, mas são projetos diferentes', mas, para mim, isso vem como algo natural e não me causa estranhamento.
Em "Vermelho Monet", ela interpreta uma marchande que, ao comercializar arte, lida com jogos de poder e dinheiro. Já em "Paixão Segundo G.H.", ela é a artista. Para Maria Fernanda Cândido, a diferença entre as personagens a atrai: "são lugares diferentes".
Sobre "Animais Fantásticos 3", a atriz compara o uso da imaginação. "No fim das contas, são muitos aparatos tecnológicos. Mesmo você estando no filme de baixo orçamento ou num filme de altíssimo orçamento, a questão central girará muito em torno da criação da Imaginação."
De repente, estou em um filme da franquia Harry Potter e eu preciso contracenar com um animal que é mitológico, um bicho que não existe no nosso mundo real, sendo que não tem nada ali. Não tem nenhum sinal no chão. Então, entendi ali você tá no meio de centenas de aparatos tecnológicos e de um orçamento milionário, mas você precisa fazer esse exercício primordial o exercício da imaginação e da criação.