Milky Chance volta ao Brasil depois de seis anos com turnê sustentável

As exigências que os artistas fazem para os locais onde vão se apresentar sempre chamam atenção. Como esquecer o Van Halen, que exigia uma tigela de M&M's sem nenhuma unidade marrom?

A dupla alemã Milky Chance, que neste fim de semana se apresenta no Rio, em Curitiba e em São Paulo, conta em entrevista a Splash que também tem suas exigências — mas por um propósito maior.

A banda quer fazer turnês cada vez mais ecológicas

Em 2019, eles contrataram uma gerente de sustentabilidade para fazer adaptações em seus shows. Hoje, por exemplo, a banda pede que os talheres e copos nos bastidores sejam reutilizáveis, e confecciona os crachás da equipe das turnês em latão ao invés de plástico. Quando possível, eles dão preferência à locomoção em ônibus no lugar de aviões, e fazem a iluminação de palco com lâmpadas LED — que consomem menos eletricidade. Nos shows, além de vender camisetas novas, a banda também oferece a possibilidade de os fãs levarem camisetas próprias para serem estampadas.

Nem sempre é possível colocar tudo em prática. No Brasil, por exemplo, não foi possível trazer o equipamento para estampar camisetas. "Nós temos a lista de exigências com coisas que podem ajudar, mas no fim a decisão é das pessoas que organizam o show ou o festival. Já existe um movimento de festivais sustentáveis, pessoas se esforçando para fazer isso acontecer. Mas é um grande desafio e, antes de tudo, somos músicos. Esse é o nosso foco principal" diz o vocalista Clemens Rehbein em entrevista a Splash.

Tem muitas variáveis que não conseguimos influenciar. Mas tentamos usar nossa visibilidade e visitar ONGs nos países que visitamos, coisas assim. Clemens Rehbein

Essa é a segunda visita do Milky Chance ao Brasil. Eles se apresentaram no Lollapalooza em 2018, e Clemens relembra o show com carinho: "Era numa pista de Fórmula 1 e área dos artistas ficava na arquibancada onde as pessoas assistem às corridas. Então tivemos uma vista do festival inteiro, acho que tinha umas 200 mil pessoas, era muita gente mesmo. Nunca vi nada assim. Foi muito impressionante, assim como o show. Muita gente, com muita energia".

Estamos muito felizes por voltar a esse país lindo, fazer shows e realmente ver nossos fãs, porque essa é a nossa única chance de ver as pessoas que escutam a nossa música. É um momento muito emocionante e pessoal. Agradecemos muito. Clemens Rehbein

Agora, além do festival Coolritiba, eles farão shows em São Paulo e Rio. Para quem não sabe o que esperar dos primeiros shows solo da banda por aqui, Clemens explica: "Em um show solo você tem mais liberdade e mais tempo para interagir com os fãs e talvez contar uma história. Num festival, emendamos as músicas e não falamos muito. Não que a gente costume ser muito falante [risos].

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