Gaby Amarantos reprova lineup do RiR: 'Não dá para pensar Brasil sem Norte'
Dos "feats" para o C6 Fest. A aproximação musical e também pessoal das cantoras paraenses Jaloo e Gaby Amarantos levou a dupla a ser uma das atrações deste sábado (18) no palco Metlife. Até então, este foi o show em que as duas mais apresentaram canções juntas.
Nos bastidores, a sensação era de dever cumprido. A dupla trouxe um combo de representatividades para um festival com perfil mais elitista, destacando o feminino, a pauta LGBTQIA+ e o Norte.
"É importante termos todas as representatividades", diz Gaby ao Splash. "Não dá para pensar o Brasil sem o Norte; é uma coisa que a galera está começando a se atentar agora. É fruto do trabalho que a Jaloo faz; o Grammy Latino também trouxe uma visibilidade para as pessoas lembrarem que a gente está produzindo, sendo indicado a prêmio, lotando show — e que não dá mais pra fazer nada sem a gente".
Ainda no palco, Gaby já havia dito que não dá para falar de música brasileira sem destacar o Norte — referindo-se ao Rock in Rio, que anunciou o Dia Brasil sem nenhum representante da região do país. "Até tive um papo legal com o Zé Ricardo [curador do Rock in Rio], que é um amigo pessoal, e eu vou estar no Rock in Rio", revelou Gaby. "Não dá para ter artista internacional e não ter local."
Para Jaloo, é importante estar em eventos que divergem. "Enquanto meu nome não estava pontuado, outros nomes só se repetem", afirmou.
Ela conta que, há algum tempo, escreveu um texto sobre ser uma artista como disco recém-lançado, boa performance de visualização em clipes e números de streaming, mas não ser cotada por curadores de festivais. "As pessoas linkaram com o Rock in Rio, porque postei no dia que saiu o line up. Eu nem sabia, mas casou muito bem, porque a conversa é pra eles também. E isso não acontece só no Rock in Rio, não. É no Brasil em geral."
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