Edi Rock sobre a Virada Cultural: 'Descentralização foi uma grande sacada'
O rapper Edi Rock, integrante do grupo Racionais MC's, foi atração do palco Brasilândia, zona norte de São Paulo, na Virada Cultural da Solidariedade neste sábado (18).
O que aconteceu
Em entrevista exclusiva com Splash, Edi falou sobre o evento da prefeitura, a importância do acesso às pessoas de bairros periféricos e o momento atual da cena do rap.
A Virada é compartilhamento, divulgação, integração sobre a nossa cultura e arte. Isso foi um projeto criado depois de muita luta dos idealizadores e organizadores. A luta continua para que se mantenha. É importante para a cultura da cidade, para as pessoas e principalmente para a grande massa.
Para o músico, a saída do evento apenas do Centro da cidade foi "uma grande sacada": "Quando você tira apenas do Centro e manda para os quatro extremos, você está pacificando e organizando. Isso é levar disciplina e acesso à família e a quem não tem condições de sair da quebrada."
Estar cantando na Brasilândia é uma grande honra. É como se eu estivesse levando uma mensagem para o meu eu do passado. Edi Rock
A respeito do momento atual do rap, Edi Rock exaltou a variedade de subgêneros produzidos: "Gosto da cena atual do rap porque cresceu muito. Se expandiu para vários outros horizontes. Hoje vários subgêneros saem de dentro do rap, era algo que só víamos nos Estados Unidos."
Ainda bem que agora tem aqui. Adoro o cruzamento com estilos como o funk, que fazem parte da nossa cultura. O meu é o rap original, mas abraço os outros estilos, como foi hoje.
O rapper destacou que o rap se espalhou pelo Brasil e acompanhou características próprias em diferentes regiões: "A cena está forte em vários lugares como Rio, Belo Horizonte, Nordeste, Centro-Oeste? e cada um com sua característica, isso que é lindo de ver. O rap se adapta à sua região."
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