Casal adepto de swing leva fetiche do quarto para festival: 'Me dá tesão'
Era um Carnaval de 1997, quando Taty *, 42, decidiu levar seu fetiche com seu marido Rafa *, 42, para fora do quarto.
O que aconteceu
O marido foi surpreendido quando a esposa chegou com o rosto todo coberto por uma máscara, hábito comum entre os dois entre quatro paredes.
"Ninguém conhecia a gente, todos ficaram curiosos para saber quem eu era. Desde então, eu uso quando dá ou quando estou fora da minha cidade", conta ela a Splash, que mora em Pirassununga, cidade do interior de São Paulo.
Taty curtiu o segundo dia do C6 Fest com uma máscara cor de gelo e cheia de strass. Ninguém consegue ver seus olhos e nem sua boca.
Rafa diz que foi uma sensação diferente ver a esposa com uma máscara em público na década de 90. "Totalmente inesperado. Eu vi aquilo e gostei. Falei pra ela tirar, e ela disse que não ia tirar. Uma sensação gostosa", assume.
Juntos há 27 anos, o Carnaval de 97 foi uma virada de chave. As coisas evoluíram e eles passaram a pesquisar diferentes máscaras, como as de silicone e látex. Uma delas demorou 5 horas pra fazer, com molde de papel machê.
"Colocou um canudinho pra eu conseguir respirar, eu tinha que controlar a expiração. Foi ali que eu percebi que a privação do ar me dá tesão", revela ela. Foi nesse dia que Marcela nasceu, o alter ego de Taty.
Marcela fuma, Taty não fuma. Taty é bi e Marcela é hetero. A máscara de silicone só é usada por Marcela, foi comprada na Europa e o casal pagou R$ 4 mil. De acordo com Taty, a máscara é parecida com a utilizada por Tom Cruise em Missão Impossível. "Ela tem roupa de látex também", conta Rafa.
Alguns homens nunca viram o corpo de Marcela, que usa um macacão que só abre embaixo. "Não veem tatuagem, nem nada", revela Taty. Apesar de ficar mais no quarto, o marido de Taty gosta quando Marcela se liberta. "Já usei a Marcela pra prender roupa no varal. Marcela já foi em posto de caminhoneiro para transar, coisas que eu não faço", assume.
Relacionamento aberto. Os dois estão em um site de swing. "Para a gente sair com outras pessoas, precisamos da autorização do outro. Nós mostramos a pessoa que queremos. Aí ele decide se quer ir junto. É bagunçado, mas tem gerência", diz Taty.
Taty diz que o swing é um passo a mais no casamento, demonstra confiança e amor porque "tudo tem que estar perfeito pra poder acontecer". Os dois são pais de dois filhos, uma menina de 14 e um homem de 22, que não sabem do fetiche dos pais.
"Alguns amigos sabem. Eu nunca tive medo de ser julgada, mas tinha receio. Por isso eu falo que a Marcela nunca saiu do quarto, ela faz coisas que eu não teria coragem", diz Taty, que começou a sair em público usando máscara com mais frequência há apenas dois anos.
Taty confessa já ter sentido ciúmes do seu alter ego porque alguns caras só querem sair com Marcela, mas entendeu que as duas coexistem. "Ela só existe, se eu existir. Foi como eu consegui pra gente ter uma vida da hora. Cada pessoa que você se relaciona, você sente um tesão diferente. Por que eu tenho que despertar a mesma coisa que ela? Se fosse pra ser igual, não existiria a Marcela', afirma.
Splash usou * para preservar a identidade do casal.