Com Preta Gil, tributo celebra legado de Cassiano com dignidade no C6 Fest
Um retorno aos salões de dança embalados por soul e funk. Esse foi o clima da apresentação Baile Cassiano, neste domingo, dentro do C6 Fest.
O show foi uma homenagem ao grande Genival Cassiano dos Santos, ou apenas Cassiano, nome fundamental da "black music" feita no Brasil. Tivemos Tim Maia, claro, mas Cassiano, apesar de menos conhecido, foi igualmente importante.
Natural da Paraíba, ele começou a aparecer na década de 1960, com uma voz que passeava suavemente por canções de teor romântico, mas sempre com suingue.
Lançou discos nos anos 1970 e, depois, criminosamente ficou à margem da máquina pop brasileira. Morreu em 2021, aos 77 anos.
Este Baile Cassiano trouxe Cassiano para mais perto de um público já mais acostumado com R&B e músicas que bebem na história da black music. Sob o comando do produtor Daniel Ganjaman, o show teve participações de Liniker, Luccas Carlos, Negra Li, e Fran Gil.
Este último abriu o baile, com a balada "Eu Amo Você".
A competente banda capitaneada por Ganjaman levantava o balanço em canções como "A Lua e Eu", em uma bela interpretação de Negra Li. Na sequência, ela emendou "Salve Essa Flor".
A apresentação teve faixas como a classicaça "Primavera", cantada por Preta Gil, e "Onda", na voz de Luccas Carlos, e esta, em um arranjo que soul dançante, foi uma prova da excelência de Cassiano em compor pérolas atemporais.
Um dos nomes mais aplaudidos pelo público foi Liniker. E com razão, pois cantou muito bem a dilacerante "Não Fique Triste" e, depois, "Coleção", que fechou o baile.
Em pouco mais de uma hora, foi um show que representou com dignidade o legado de Cassiano.
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