Jennifer Lopez chorou a primeira vez que leu roteiro de 'Atlas', da Netflix
"Atlas", o novo filme da Netflix, estrelado por Jennifer Lopez, fez a cantora e atriz chorar duas vezes durante o processo de produção.
Chorei na primeira vez que li o roteiro. Primeiro pensei ser a pandemia que estava me deixando mais emotiva, mas aconteceu de novo quando estávamos filmando [risos]. Jennifer Lopez, em entrevista exclusiva enviada a Splash
Para a artista, o longa vai além de ser uma mistura de ação e ficção científica. "O cerne dele é uma história de amizade e amor. De certa forma, eu sempre vejo tudo como uma história de amor, mas esse é um amor diferente entre dois seres que se conectam em circunstâncias desastrosas e se ensinam a ser mais humanos. É uma obra muito tocante e comovente."
A história acompanha Atlas Shepherd, uma analista de dados que não se sente atraída e nem confortável para socializar com pessoas, mas também tem uma grande desconfiança com inteligências artificiais. No entanto, quando uma missão para capturar um robô com um passado enigmático sai do controle, ela se vê obrigada a trabalhar em conjunto com Smith, uma IA, para evitar uma catástrofe iminente.
Atlas é uma pessoa que basicamente se fechou para o mundo. Ela não confia em ninguém e não quer saber de nada relacionado à IA. Ela tenta se apegar às coisas analógicas das quais as pessoas do futuro já abriram mão, mas é jogada em uma situação em que precisa aprender a confiar em Smith (que é uma IA) para salvar sua vida e toda a humanidade.
A personagem se descobre ao se relacionar com Smith. "Atlas é tão fechada que, de certa forma, Smith é mais humano do que ela, porque está disposto a se abrir. O relacionamento deles diz respeito a uma pessoa se abrindo para outra de modo a não perder uma das coisas mais lindas da vida, sendo mostrar vulnerabilidade. Essa é a forma mais profunda de amor e é disso que fala o filme."
Jennifer Lopez também é produtora de "Atlas", ao lado da sócia Elaine Goldsmith-Thomas, e, segundo ela, foi uma dificuldade colocar a cantora como protagonista. "Um dos obstáculos para que este projeto saísse do papel foi a pergunta: alguém aprovaria um filme dessa magnitude com uma protagonista feminina que não tivesse 25 anos, nem fosse branca? Pois aqui temos uma mulher que não está na casa dos vinte anos, não é branca e não está nos moldes de uma super-heroína típica, mas ela é poderosa."
Parabéns para todos que deram uma chance ao projeto porque ele empodera, encoraja e amplia os limites de idade, raça e gênero.
Elaine Goldsmith-Thomas, produtora
Já para Lopez, a maior dificuldade foi gravar as cenas em uma apertada cabine. "Foi exaustivo, mas arrebatador. Eu estava com a adrenalina lá no alto todos os dias. Foi como fazer um show sozinha. Eu estava lá, sem mais ninguém, imaginando tudo porque estava cercada de telas verdes, sem nenhum cenário para me guiar. Mas o traje de robô gigante acabou virando um lugar confortável para mim. Tínhamos trajes diferentes: um ficava parado e o outro tinha uns equipamentos hidráulicos que o moviam", explixa.
No começo, foi difícil me acostumar a trabalhar sem outros atores. Tudo depende de você, então sem esses outros fatores, era de extrema importância ter uns estímulos que servissem como um choque de realidade.
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