Bruna Linzmeyer comenta diversidade e novo filme: 'Romance sapatão'

A celebração dos 25 anos da Globo Filmes no Rio2C, na capital carioca, foi marcada por um debate sobre diversidade e inclusão no cinema brasileiro. Simone de Oliveira, head da Globo Filmes, a atriz Bruna Linzmeyer e o roteirista Elísio Lopes Jr. falaram de suas experiências e visões sobre a trajetória da produtora e os desafios enfrentados para promover a inclusão no setor.

Para Linzmeyer, ainda faltam mais personagens LGBTQIAP+ no audiovisual.

Acho bonito o quanto evoluímos, mas ainda estamos longe do que merecemos e devemos fazer. Bruna Linzmeyer, no Rio2C

Ela também ressaltou a importância de se sentir representada no set de filmagem. "Quando estou em produções que realmente abraçam a diversidade, isso se imprime na tela e faz toda a diferença."

A artista, que está em "Cidade Campo", de Juliana Rojas, destacou que o filme tem sua equipe composta por uma maioria de mulheres, o que para ela impacta na comunicação: "É mais intuitiva e respeitosa."

Ela ainda celebrou a história contada na obra:

A segunda parte é um romance sapatão extraordinário.

Simone de Oliveira, que está há 15 anos na Globo Filmes, acredita que é um bom momento de celebrar, com muitos exemplos positivos. E lembrou novas produções como a série "Assexybilidade" e o filme "Colegas 2", que abordam pessoas com deficiência.

"Há uma força no olhar e estamos aumentando esses números, mas ainda temos muito a melhorar", afirmou. Ela enfatizou a necessidade de incluir mais narrativas de grupos sub-representados, como
indígenas.

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Elísio Lopes Jr., por sua vez, compartilhou sua experiência na produção de "Medida Provisória", que teve uma equipe majoritariamente preta. "Quando encontramos nossos pares, conseguimos ser mais nós mesmos", afirmou.

Ele lembrou que o filme teve dificuldades para ser lançado, durante o "governo anterior que não nomeamos", numa clara referência a Jair Bolsonaro. A trama do longa aborda uma medida que quer enviar todos os negros do país para a África.

Não ficou tão distópico. Tem inclusive relatos de pessoas que saíram do cinema com medo. Mas os boicotes não deram certo, porque não somos idiotas. Elísio Lopes Jr., sobre "Medida Provisória"

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