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OpiniãoMúsica

Ebony faz show incandescente e merecia espaço melhor no João Rock

O clima já estava suficientemente quente no recinto do João Rock, mas, como era de se esperar, ficou incandescente quando Ebony abriu os trabalhos do palco Fortalecendo a Cena.

Vestindo micro-shorts jeans e botas felpudas coloridas e acompanhada de um quarteto de dançarinas e sua DJ, Larinhx, a cantora mostrou porque é um dos nomes mais quentes do momento. Em pouco menos de uma hora, mostrou um repertório consistente, de letras afiadas e rimas inteligentes, quase todo baseado no seu disco de estreia, o ótimo "Terapia" (2023).

Começou com "Megalomaníaca", primeira faixa do álbum, seguida de "Sem Neurose" do single "100 Mili", um dos seus maiores hits nas plataformas digitais. De sua produção anterior, "Visão Periférica" (2021), relembrou "Camarim" e "Festa do Pijama", além de um dos seus primeiros singles, a romântica "Love Song".

Mas o clima de romance, como ela mesma ressaltou, duraria pouco. Voltando a misturar rap com funk, trap, pop e charme, aumentou a temperatura com "Terapia" e "Hentai", duas de suas canções mais explícitas - para alegria dos fãs, que se revezavam entre dançar, cantar e filmar a performance de Ebony e suas dançarinas.

Entre uma canção e outra, fez questão de agradecer a presença do público e entornar copos de água enquanto se surpreendia com o calor - absurdo até para uma cria da Baixada Fluminense.

O encerramento veio com "Espero que Entendam", single em que a cantora critica a supremacia masculina no rap citando alguns dos seus principais nomes e exigindo o mesmo espaço. Merecia, também, um espaço melhor no João Rock.

Opinião

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