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Samara Felippo diz que filha foi proibida de falar sobre caso de racismo

Samara Felippo e filha mais velha, Alicia Imagem: Thiago Duran/BrazilNews

Colaboração para Splash, no Rio de Janeiro

12/06/2024 16h16

Samara Felippo, 45, voltou a se pronunciar sobre o caso de racismo sofrido por sua filha mais velha, Alicia.

O que aconteceu

Houve uma movimentação no processo que apura o caso de discriminação racial. "Vítima de racismo explícito ocorrido na escola, no dia 22 de abril, minha filha, de 14 anos, foi proibida de manifestar-se no processo que apura a conduta de suas ex-colegas de escola, agressoras que, inclusive, confessaram a prática de racismo. Onde a escola também reconheceu o ato racista. Ela poderá participar da audiência, mas calada, sem o direito de apresentar sua versão dos fatos", lamentou a atriz, em nota escrita em conjunto com o advogado Hédio Silva Jr..

Uma vez que as agressoras já foram ouvidas e contaram suas versões. Por que um ato infracional análogo ao crime de racismo, confessado pelas agressoras, está sendo tratado como violação de direito autoral? Ou seja, está sendo tratado como se as agressoras somente tivessem rasgado um trabalho escolar e ponto. Existe uma frase violenta de cunho racista no interior do caderno. Por que isso não está sendo levado em conta?", questiona Samara Felippo.

A atriz admite que ficou surpresa com a decisão. "O que mais ouvi nesse processo de denunciar o racismo vivido pela minha filha na escola foi: 'Estão te dando ouvidos porque você é famosa! É branca. A Justiça para você funciona!'. Então eu estou aqui porque realmente estou assustada com o andar das coisas. Até o momento a Justiça não me ouviu, não ouviu minha filha, meus advogados", conta.

Samara reforça luta: "Não estou lutando somente pela minha filha, venho há anos, através das minhas redes, denunciando casos de racismo. Não sei o que pensar sobre essa decisão. Meus advogados estão tomando as providências, mas estou estarrecida. A relativização do racismo persiste".

O episódio ocorreu na Escola Vera Cruz, em São Paulo. "A gente chegou em casa e eu vi a Alicia debruçada na mesa, tendo que refazer cada linha. Ela chorava compulsivamente porque estragaram o trabalho dela. (...) Arrancaram todas as páginas de um trabalho que ela fez com muito capricho e dentro do caderno tinha uma frase de cunho racista gravíssima", detalhou Felippo, em entrevista ao "Fantástico", da Globo.

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