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Ex-BBB Matteus sobre fraude em sistema de cotas: 'Sem meu consentimento'

Colaboração para Splash, em São Paulo

14/06/2024 17h47Atualizada em 14/06/2024 20h39

O ex-BBB Matteus Amaral comentou sobre a fraude do sistema de cotas do IFFar (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha).

O que aconteceu

Matteus usou os Stories de seu Instagram para se pronunciar. "Recentemente, surgiram informações de que, em 2014, fui inscrito no curso de Engenharia Agrícola sob a modalidade de cotas para pessoas negras."

O ex-BBB contou que não fez a inscrição. "A inscrição foi feita por um terceiro, que cometeu um erro ao selecionar a modalidade de cota racial sem meu consentimento prévio. Entendo a importância fundamental das políticas de cotas no Brasil."

Por isso, lamento profundamente qualquer impressão de que eu teria buscado me beneficiar individualmente dessa política, o que nunca foi minha intenção. Matteus Amaral

Matteus disse que é um defensor da igualdade racial. "Reafirmo meu arrependimento por quaisquer transtornos causados e meu compromisso contínuo em ser um defensor ativo da igualdade racial e social."

Matteus se pronuncia após acusação de fraudar sistema de cotas Imagem: Reprodução/Instagram

Como o engenheiro entrou na faculdade

Matteus fez a inscrição em 2013 e, no início do ano seguinte, ingressou no curso após se autodeclarar preto. A informação consta em edital publicado no dia 7 de fevereiro de 2014. Além do ex-BBB, apenas uma outra estudante entrou no mesmo curso após se autodeclarar preta.

Único documento exigido para inscrição era a autodeclaração do candidato, de acordo com informações divulgadas pela instituição. Com isso, ele teria sido beneficiado pela Lei de Cotas de 2012 - política nacional que passou por aperfeiçoamento ao longo dos últimos anos.

Instituto Federal não contava com um mecanismo de verificação ou comprovação da declaração do candidato. Por meio de nota, no entanto, a faculdade ressaltou que o edital trazia a informação de que, constatado qualquer tipo de fraude, o estudante estaria sujeito à perda da vaga e às penalidades previstas em lei — mesmo após a matrícula.

Possíveis fraudes eram apuradas apenas se houvesse denúncia. Ou seja, alguém deveria fazer uma denúncia formal na Ouvidoria da instituição. Nesse caso, a questão poderia ser investigada internamente, por meio de um processo administrativo normal, que assegurasse ampla defesa de todas as partes. Nenhuma denúncia desse tipo foi feita na época. IFFar

Em nota, a universidade informou que abriu um processo administrativo interno para apurar o caso após a exposição na mídia.

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